A Igreja e este Povo

 

N ão haja dúvida que quando Alberto João Jardim, um indivíduo asqueroso, designava este povo como superior, quando o queria mesmo inferior. É um povo inferior na medida em que a própria colonização do arquipélago foi realizada com a zurrapa de Portugal: presos, traficantes, ladrões, indigentes, p****, etc.

É inferior pois mantém hábitos e pensamentos medievais, a lembrar "Os Miseráveis".

É inferior pois não querem que tenham acesso eficaz ao conhecimento, pois isso gera cidadãos conscientes, críticos, pensantes. Esses são difíceis de controlar.

É inferior pois aceita uma igreja repleta de ladrões, assassinos, violadores, pedófilos. Que beneficia de todas as benesses e hipocritamente aceita os maiores execráveis no seu interior.

É inferior quando é lavado nas suas mentes pelos diktaks da burguesia, aceitando interesses privados destrutivos da qualidade de vida e aumentadores do seu custo. São os interesses e sempre vão existir, dizem.

É inferior na lógica do quero, mando e posso, com que reagem principalmente nas redes parassociais, plataformas distópicas que dão palco e voz igual, seja um merdas seja um bom e informado cidadão.

É inferior pois sendo muito trabalhador e dando importância ao trabalho bastar-lhe-ia ter alguma literacia política e esta região seria "comunista". Assim, viveriam com os frutos do seu trabalho.

Qual a ideologia política mais próxima do Cristianismo? O Comunismo, pois claro.

É inferior na medida em que por mais que o roubem, dá sempre a mão a quem o rouba. Nesse aspecto, pouco difere do restante povo português: leva coices e migalhas mas ao passar da procissão, ajoelha-se sempre.

Revejam a Bíblia. Vejam qual era a posição de Jesus Cristo perante os poderes instalados. É essa a posição que qualquer Homem da Igreja tem que assumir publicamente. Se tiver que partir para o confronto contra a corrupção, o tráfico de influências, o domínio burguês, entre outros problemas sociais, vai sem medo pois é isso que a sua Fé lho exige.

Perante um mundo a aquecer cada vez mais, com a 6.ª extinção em massa a ocorrer, onde mais de 90% da população sofre com a poluição atmosférica, marítima, dos solos, etc, onde 1% da população tem mais de 80% da riqueza, onde o capitalismo, tal como Schumpeter previu, devora-se a si próprio e produz destruição da sociedade e do ambiente, vêm com discursos bacocos com a positividade e a felicidade?

Não, é hora de agarrar em armas e destruir este capitalismo antes que o mesmo nos destrua a todos? 

O Papa Francisco, ao menos, já gera debates com marxistas, por exemplo, para a construção de um mundo melhor. Mas é preciso mais.

Que se aplique Robespierre. Só quando a nível mundial os donos de Amazon, Facebook, Google, etc tiverem à sua espera uma guilhotina em praça pública, a paz e solidariedade regressarão. A nível regional, AFA's, Sousa's e C. Lda. seguir-lhe-ão os passos.

Se a Igreja precisa de endurecer o discurso e a postura? Claro que sim. Senão, por omissão, beneficiará aqueles que vivem da exploração desenfreada do Homem pelo Homem, em busca do crescimento económico infinito num mundo finito com recursos limitados, onde a sociedade e o ambiente são destruídos pelo crescimento económico infinito.

Porque não aplicam a tese de que o seu Deus está na Natureza? Assim, insurgiriam-se naturalmente contra a estrada das ginjas, entre outros abusos, já feitos e/ou planeados.

Entre muito que há a dizer, mesmo dos mais esclarecidos e boas pessoas deste povo inferior, continuam a aceitar a ditadura do pensamente único economicista neo-liberal. 

É o socialismo ou a barbárie. Pelo andar da carruagem, preparem-se para a segunda opção.

Rosa Luxemburgo

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Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 3 de Novembro de 2020 18:07
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