O madeirense tornado jornalista

 

Bom dia a todos, desfrutem do fim de semana alargado mas, comecem a pensar na vida.

E sta coisa de ir na onda, ser passivo e ter uma critica para com aqueles que analisam os assuntos, mais para além do óbvio, tem as suas contra-indicações. Tentarei ser curto com 3 exemplos, há mais mas a malta não gosta de ler. Grande pecha que se traduz em estupidez da qual os políticos se aproveitam.

Exemplo caixa de supermercado: antes havia empregados nas caixas do supermercado, de ponta a ponta, ou seja, em todas as caixas. Depois inseriram os self-service. A malta que gosta de novidades aderiu e foi em crescendo, antes era mais despachado agora há fila para o caixa self-service. A diferença é que você tornou possível mais desempregados porque não podia esperar mas agora espera na mesma e executa o serviço. Outros farão o mesmo com o seu trabalho, bastava pensar ... Neste processo de "encaminhamento" dos supermercado foi notório que mesmo havendo montes de gente as caixas com pessoal eram poucas e as restantes mantinham-se fechadas. Ninguém  reclamava, foram passivos, colaborantes e encarneirados para o objectivo do supermercado.

Exemplo dos jornalistas: houve um tempo de jornalismo, puro, respeitado, a verdade metia medo e isso trazia moderação à sociedade, qualquer que fosse, política, empresarial, etc. Seguiu-se um tempo de décadas de Jardinismo autoritário ofegante. Com os exemplos, a ostracização de alguns foi realidade, com o massacre poucos se deixaram como "Jornalistas", alguns saltaram para o continente, fisicamente ou a partir de cá. Os perseguidos e vilipendiados passaram a ovelhas negras, passou a ser errado cada um executar bem a sua função, foi um passo para a instalação da mediocridade generalizada. Também no jornalismo. Passou a ser crime não ser "meigo" e "compreensivo", e o jornalista deu possibilidade a que o poder comprasse tudo, no seu seio e nas empresas de comunicação por necessidade de facturação ao mais desejado cliente da Região, morra quem morra, arranja dinheiro. Nascia a abertura para deixar arrastar a asa e assim o jornalismo foi "comido". Hoje foi só um frete, depois foi o convívio que inibe a análise fiel, em seguida ignorou-se notícias complicadas de se gerir com o poder. Do continente surgiam de hora em vez trabalhos que envergonhavam os de cá, por nunca terem sido escritos ou dados pelos jornalistas nativos. Nascia a comparação e o descrédito. Perdido a velas, perdidos a remos, estragado o estatuto do jornalismo e tornadas as suas empregadoras frágeis, os "jornalistas predadores e parasitas" do poder deram um passo em frente. O sonho e a segurança estava em assessor daqueles a quem se venderam durante anos. Foram e são tantos, uns atrás dos outros. As empresas de comunicação social fragilizaram-se, começaram a ser compradas pelo poder, agora estão todas dependentes e directa ou indirectamente subsidiadas. Ainda há jornalistas mas muitos mais "escrivões" sem crédito. Alguns com poderzinho, salientam as podridões e mediocridades como o futuro, os eleitos, os bons, escondem a porcaria que fizeram acentuando a sua nefasta participação. Agora há um quadro de gente que pode falar e ser convidada, o resto escrevem os assessores. O que se segue? Como se entalaram completamente e não têm força, os proprietários vão começar a diminuir custos. Os que ainda sabem escrever vão para a rua e premeia-se gente barata para um sucedâneo de jornalismo, o de fait-divers que o povo tanto gosta. Uma imagem, duas linhas, 20.000 likes. Agora os donos dos órgãos, em conjunto o poder, decidem quanto querem gastar com algo controlado. Acabou o jornalismo, o contraditório, o poder é sempre puro e competente, rouba o que quer e é incompetente quando quiser, nada será relatado. Toda a opinião pública é crime perseguida pelos pilares apodrecidos da democracia.

Exemplo Eleitorado/ Opinião Pública: de novo o medo, de perder o ganha pão, omite-se a opinião, envereda-se pelo caminho da anestesia geral com pão e circo. A pobreza aumenta, não se vê futuro mas ainda assim há esperança ... não se sabe de onde. Tudo se justifica para a passividade. Concorda-se com uma opinião realista, até se lê mas não se dá like porque a PIDE vigia, dá-se toda a força, por bajulação e like, ao medíocre porque fica bem aos interesses instalados e cumpre-se com o estado graça. De tanto jogar assim o madeirense tornou-se um escravo pobre sem saber e, a oferta política, é quase toda controlada pelos lóbis. A omnipresença em tudo torna o GR e os lóbis patrões de tudo, todos votam nos seus interesses e a Madeira vai morrendo a passos largos. Quando rebentar vê-se ... É claro que só a destruição total por esgotamento do modelo trará mudança, por esta razão, aguardemos passivos por pela hecatombe feitos patetas alegres. Até os hoteleiros se deixam morrer sem tocar no poder ...

Tudo é afinal a imagem do povo que permitiu e colaborou, foi conivente e cúmplice. Com um povo de vendidos nunca haverá "Primavera Atlântica", a menos que a organização criminosa total enfrente finalmente um inimigo externo, no bom sentido!

Obrigado por existir CM.

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Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 4 de Outubro de 2020 11:39
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