Surgiu-me uma ideia que é surpreendente, não tem absolutamente nada a ver com a minha área política. Devo sublinhar que não compromete o CM. Mas vejamos o seguinte, a RAM é uma pequena economia aberta. Está sujeita à choques externos, e precisa de uma política quase keynesiana para economia funcionar.
A maior indústria é o turismo e os portos. Sectores fortemente subsidiados, directa ou indirectamente. De que servem estar na mão dos privados se o Estado é que os sustenta? Que tal nacionalizar o grande capital da autonomia? Porque não nacionalizar os recursos económicos que alimentam a região? A ideia é um ultraje. O parque hoteleiro? As infra-estruturas portuárias?
Reparem, faz sentido haver uma gestão nestes sectores mais macro, mas preocupa nos interesses da autonomia. Os privados não conseguem criar uma oferta coerente do destino Madeira. A procura depende da despesa do Estado, então porque não nacionalizar? Seria criar um melhor produto turístico. Com menos choques paisagísticos, e fazer que os lucros sejam reinvestidos no destino Madeira e nos madeirenses. E não noutros sítios. Não são os pequenos negócios. É apenas o grande capital, as grandes unidades hoteleiras, que precisam de redes internacionais, uma logística complexa.
Uma maior coordenação ia trazer muitos benefícios a longo prazo no destino Madeira. Os portos nem se fala. Não tem lógica serem privados. Isto seria um grande salto para uma autonomia mais comunitária. Uma economia mais forte. E talvez a salvação perante a degradação do destino turístico. Vejo que seja um caso a equacionar.
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Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 4 de Outubro de 2020 19:45
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