O lixo do Rui Rebelo



A equipa de "jornalistas idóneos" do Correio da Madeira, e que ainda não foram comprados pelo Governo, levantou-se hoje cedo e decidiu ir a casa de Rui Rebelo numa missão secreta.

Pelo caminho pararam na única tasca aberta da Rua dos Netos, tomaram um galão, uma sandes de espada de cebolada e dois omeprazois para a azia. Depois do pequeno-almoço meteram-se todos em cima da trotinete elétrica financiada pelo Governo Regional, e em dez minutos chegaram ao local. 

Para evitar serem desmascarados pelo circuito de câmaras de vigilância da luxuosa habitação e pelo cão gay, os jornalistas foram disfarçados de Estrunfes e devidamente protegidos com uma mascara do COVID-19.

O objetivo da missão era vasculhar o caixote do lixo de Rui Rebelo e descobrir os segredos que o mantém no poder há décadas.

Chegados ao local, e para evitar deixar impressões digitais, colocaram as luvas cirúrgicas que tinham comprado no mercado negro a um médico do SESARAM, e começaram a despejar o lixo.

Logo no topo descobriram cascas de semilha, cascas de cebola, restos de couve, um pepino em putrefação, e uma fatia de pizza de anchovas do Papa Manuel, pelo que concluíram que Rui Rebelo ainda não tinha um compostor do Miguel Gouveia.

Logo abaixo do lixo orgânico, encontraram uma velha revista Playboy americana de março de 1990 com o Donald Trump na capa. Um dos tarados da equipa guardou logo a revista no bolso das calças porque ela vale mais de 100 euros no ebay. Decididamente o Sr. Doutor não sabe do valor das coisas e deita tudo no lixo.

Continuando a remexer no lixo, e mais abaixo, no meio de ordens de transferências bancárias sem interesse entre o Governo Regional, algumas construtoras e a EEM, encontraram um boião vazio de um creme de algas para a disfunção eréctil fabricado no Porto Santo pela BuggyPower.

E continuando, e mais no fundo, e no meio de outro lixo diferenciado encontraram um pequeno cabo preto de fibra ótica, o que levou a equipa a pensar que era um objeto para práticas sadomasoquistas.

Prosseguindo a pesquisa encontraram mais abaixo, e por baixo de umas cuecas vermelhas de fio dental em mau estado, um relatório, com erros ortográficos, que concluía que o negócio do gás natural não era rentável na Madeira.

Logo abaixo, e no meio de cópias de diplomas de gestão sem qualquer nome, encontraram um velho manual técnico de um gerador Térmico mas estava em indiano.

E já desesperados por não haverem indícios de nada ilegal, lá no fundo do caixote, e a meio de um líquido escuro parecido com um poço de petróleo, encontraram uma velha foto rasgada do Rui Relvas.

A desilusão tomou conta da equipa de investigação do Correio da Madeira pois depois de tanto trabalho não encontraram nada de ilegal que justifique o porquê de Rui Rebelo estar ainda à frente da EEM.