Carta aberta a Miguel Albuquerque sobre a EEM



Carta aberta ao Senhor Presidente do Governo Regional da Madeira,

Excelência,

P ara que fique esclarecido, raramente voto, e nunca votei no seu partido, mas julgo que isso não faz de mim um madeirense de 2ª. Informo V.Exa. que pago mensalmente todos os impostos que são devidos, e não tenho dívidas ao Estado Português.

Sou trabalhador independente e usufruo de um salário justo que me permite pagar as despesas do dia-a-dia e ainda amealhar algum dinheiro para algum azar, ou seja, sou dos poucos madeirenses que consegue sobreviver nesta ilha sem depender do Governo que V.Exa. superiormente dirige.

Louvo a sua coragem pelas decisões perante a crise da pandemia, mas não posso aceitar que funcionários seus deitem a perder todo o capital político que V. Exa arrecadou com a gestão da crise do COVID-19.

E por isso escrevo-lhe, não por mim, mas por todos os outros menos afortunados, ou seja, por aqueles que perante a pandemia do COVID ficaram impedidos de comprar os alimentos para sobreviver e que aguardam há meses uma solução para os seus problemas. 

Tenho-me mantido à parte desta polémica sobre os acertos da faturação da EEM porque não tive nenhuma surpresa, porque por ser um cidadão esclarecido sempre fiz as contagens e informei atempadamente a EEM do meu consumo de energia. 

Mas nem toda a gente pensa ou age como eu. Existe uma população idosa que paga eletricidade sem sequer saber o que é um contador.  Que pagam por uma lâmpada acesa e por umas horas de televisão porque simplesmente vivem sozinhos e não têm ninguém com quem falar.

E é por esses que rogo que V. Exa tenha uma dedicada atenção. Mande suspender imediatamente os pagamentos da EEM e mande abrir um inquérito para averiguar as eventuais responsabilidades por tais atos hediondos em tempos de crise.

A culpa não pode morrer solteira.
Um ilhéu orgulhoso da sua Ilha.

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Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 24 de Julho de 2020 15:00
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