Resposta a um comentário no Ocorrências CM.


Resposta ao comentário de Maria Gonçalves, na página Ocorrências CM (link), a propósito do texto "Agora lembram-se da habitação, mas antes criaram a bolha" (link).

F ui eu que escrevi o texto e se há partido que considero que devia ser erradicado da política portuguesa é o CHEGA. Portanto, minha cara, não sou adepta desse partido. Trabalho numa escola, que fica a poucos metros de um café-restaurante e relativamente perto de um bairro social. Como deve imaginar, numa escola a vida familiar de alguns alunos é do conhecimento de todos, principalmente quando são alunos mais problemáticos. Se bem leu o texto, repare que não afirmo que toda a gente de bairro é igual, mas digo que basta um para estragar tudo. 

Você possivelmente deve viver ou tem algum familiar que vive de rendimentos sociais e por isso está indignada. Indignada fico eu quando olho para o meu recibo de vencimento e vejo o que desconto para, sim, gente que passa o dia todo no café de cigarro na boca e a limar unhas de gel. São pessoas jovens sem incapacidades físicas. Por ex, nesse dito café, o dono precisava de uma funcionária. Ninguém da zona apareceu. Falam dos venezuelanos que vivem de subsídios (e alguns até é verdade), mas foi uma venezuelana fora da freguesia que lá apareceu quando soube da oferta de trabalho. 

Reitero o que escrevi: habitação social não pode ser atribuída de uma forma descontrolada. Se eu tenho de pagar uma prestação ao banco, por que razão os outros não vergam a espinha e vão trabalhar como eu? O que não falta são anúncios principalmente na restauração. 

Para quem quer realmente trabalhar, há trabalho. Agora vão dizer que trabalhar na restauração é uma m.... Mas qual é o trabalho que não tem o seu quê??? Atribuir habitação social só gera (salvo raras exceções) malandragem. Essa gente precisa de ocupação, seja em voluntariado ou outra coisa qualquer.

Quanto a detestar os pobres, minha cara, eu considero-me pobre. E sabe porquê? Porque não tarda nada estou a ganhar o salário mínimo, já que este está a galopar, mas o meu não. Praticamente ganho o mesmo que há 10 anos, porque o meu salário não aumentou na mesma proporção que o salário mínimo.

Ah, por fim, deixo este link para uma notícia desta semana:

Pergunto-lhe: como acha que a geração trabalhadora entre os 25 e os 45 anos se sente perante esta notícia? 

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 27 de abril de 2024
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