E stamos em 1825, o vento gelado, que soprava forte e estridente, foi interrompido pelo relinchar dos cavalos de um grupo que atravessava a grande cordilheira do Paul da Serra no norte da Sibéria. A carqueja e a giesta rodavam descontroladas pela planície fazendo os cavaleiros temer pela segurança dos seus cavalos. À frente do destemido grupo de heróis vinha Mikael Albukerkov, filho de Jardinov e agora Czar de todo Laranjal.
Mikael Albukerkov tinha recebido uma grande herança de um empreiteiro que construiu a belíssima cidade de Moscovo e vivia sumptuosamente imerso entre as orgias da corte da Capital do Império e os jantares gourmet no seu Palácio Savonov onde vivia à borla com a numerosa família e com Filip Ramanov, o bobo da corte. A sua faustosa vida resumia-se a dinheiro, mulheres, festas, viagens e anedotas sobre Inteligência Artificial.
Enquanto Mikael Albukerkov vivia na luxúria, o povo faminto e miserável do reino lutava pela sobrevivência, plantando semilhas e bananas para sobreviver ao frio do longo inverno na Sibéria.
Um belo dia, do alto das torres do Palácio, um dos guardas gritou “Inimigo à vista”. Mikael saltou de repente da cama deixando desesperada a Rosalinova por esta ainda não ter atingido o orgasmo. Mikael vestiu as cuecas, pegou na sua espada Bitcoin e correu para a varanda do seu quarto.
Ao longe, na planície alagada pela chuva, via-se os estandartes de um grande exército, era Manuel Napoleão que um dia decidiu invadir a Rússia para acabar com a corrupção e libertar o povo subjugado do Laranjal.
Visivelmente assustado Mikael mandou as mulheres se vestirem, ordenou aos seus pajens que subissem a ponte levadiça e que não atendessem o telefone porque assim Napoleão podia pensar que não estava ninguém em casa e regressasse a França.
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