A vitória, a leitura, o estado catastrófico e o que se segue.

 

Percentagens arredondas nos resultados.

V amos arrumar o catastrófico, o PSD-M diz ter 12.817 militantes, desses 4.388 pagam quotas (34,23%) e podem votar, desses vão votar 3.812, há uma abstenção de 576 pessoas que podem votar (86,87% foram votar, 13,13% não foram votar). Como quadro demonstra, Albuquerque tem o apoio de 16,45% dos militantes e Correia 13,28%. Conclui-se que o PSD tem muita parra e pouca uva, que a representatividade é baixíssima e ninguém se está a importar com o partido mas sim com aquilo que lhes dá boa vida, o GR. O PSD sem o Governo Regional, para de alguma forma criar dependências, está morto. Isto mostra o esvaziamento político e a desgraça que a mediocridade provoca. Só vemos as estrelas e não a terra queimada.

Miguel Albuquerque ganhou as Internas do PSD com 8,60% de vantagem sobre Manuel António Correia, pergunta-se, o bloqueio no pagamento de quotas que influência teve?

O processo eleitoral foi uma tentativa de Miguel Albuquerque se legitimar para não haver eleições. Manuel António Correia foi um imprevisto. Se tivesse perdido era tácito que Marcelo Rebelo de Sousa tinha vida facilitada. Ganhando, o empecilho é a comparação entre a decisão que tomou com Costa, que é muito menos grave (até agora nem se sabe) do que a situação de Miguel Albuquerque. Marcelo vai ser incoerente e se impopularizar mais?

Por outro lado, pergunto, e se a Iniciativa Liberal de Nuno Morna substituir a função PAN? Vai ser a derradeira solução antes das eleições a ver se convence Marcelo. É que continuamos com a última palavra de que CDS e PAN não aceitam Miguel Albuquerque, candidato que o PSD volta a propor e este não faz intenções de sair. Se o Governo não cair, continua a coligação PSD/CDS com a viabilização do IL de Nuno Morna, que também namora poder na República, enquanto o PAN guinou para a esquerda (no continente, aqui queimou-se)

Logicamente, o PSD não sai reforçado, só Miguel Albuquerque legitimado, veremos quem vai alimentar o PSD de novo, os radicais para o Chega e os moderados para o JPP? É que com o PS há mesmo uma azia intransponível, até mesmo o JPP, apesar dos dissabores que provoca, é mais considerado pelo trabalho do que o PS. Por aquilo que a Comunicação Social colocar em prática, quem tenta "queimar", saberemos a estratégia.

Vamos ver o que acontece no Congresso do PSD que se segue a estas Internas, depois da decisão de Marcelo. Vamos ver se há eleições. Vamos ver o que acontece nas listas de deputados, às tantas para unir, Albuquerque vai ter que sacrificar os seus e esses como vão reagir? O PSD nunca estará bem.

Do quadro que envio, quero salientar que Manuel António venceu no bastião do PSD, Câmara de Lobos e no Funchal. Se no Funchal, com o peso que tem, Albuquerque não ganha no partido, qual será o seu resultado em Regionais? Não haverá percentualmente ainda menos madeirenses a apoiá-lo?

Um pequeno pormenor, foi total a hecatombe de Albuquerque no Curral das Freiras.

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O que também se percebe, e Albuquerque não pode confundir a árvore com a floresta, é que a máquina do Governo teve influência nas eleições internas do PSD, a oposição interna provou o fel que a oposição externa prova. Para ganhar, as relações, dependências, dinheiros e máquina do Governo são uma mais valia. Para as oposições ganharem precisam de um governo! O ambiente está corrosivo, como ficam os elementos com cargos de confiança política que apoiaram Manuel António Correia, é uma situação prática de como as palavras bonitas não vão funcionar.

Este resultado é o melhor que a oposição poderia ter, mas, e vai saber aproveitar?

Com a popularidade que o CM tem, é bem capaz de ter mais gente a ler do que militantes convencidos dos caminho que o seu partido leva. Isto é tudo uma ilusão.

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Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 22 de março de 2024
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