N o programa “Tanque de Tubarões”, uma das primeiras coisas que os tubarões querem saber é o volume de vendas e qual o lucro que resulta dessas vendas, para aferir da viabilidade de investir nessa proposta de negócio.
Se Jorge Dias da GESBA (empresa pública monopolista da banana), fosse ao programa referido iria espantar os tubarões com o volume de vendas. Quase 19 milhões de euros de vendas por ano. Fantástico!
Quanto paga aos produtores de banana? Jorge Dias responderia 6,7 milhões! Novo bruáa de espanto e os tubarões já salivam ante a possibilidade de um negócio das arábias em pleno Atlântico. 6,7 milhões em 18,9 ficam mais de 12 milhões de euros para lucros.
E os lucros sr. Jorge Dias? Como é que é?!
Meio envergonhado e entre dentes lá referiu que lucra três cêntimos por quilo de banana vendida. Os tubarões arregalam os olhos de espanto. Em 20 mil toneladas de banana vendida, a empresa que gere em monopólio a produção de banana da Madeira lucra 600 mil euros.
Mas o que que aconteceu aos 12 milhões de euros, perguntam os investidores?
São custos de produção, dinheiro para pagar salários, seguros, museus, está tudo pela “hora da morte” balbucia um visivelmente embaraçado gestor. Os custos associados representam 63% do volume de vendas.
Quanto é que o senhor leva para casa ao fim do mês?
4 mil euros mais coisa menos coisa…
Dito de outra maneira, aquilo que o Sr. Jorge Dias leva ao fim do mês representa 9% dos lucros da GESBA.
Não haverá aqui empolamento de custos para apresentar valores tão desfasados de uma realidade empresarial. Se esta fosse uma empresa privada como é que explicaria lucros tão insignificantes aos acionistas? É a vida…
À volta da GESBA há uma miríade de empresas, encostadas à “manjedoura do trabalho” dos bananicultores, explorados até ao tutano.
Só a título de exemplo, A GESBA vai pagar mais de 90 mil euros para a criação do site, a uma empresa do sector. Deve ser com letras bordadas a ouro!
Nestas últimas horas Jorge Dias e a JPP andam em nova onde de turras, uns agarram o osso porque sabem que há filão e o administrador diz que querem protagonismo. com cerca de 4 mil euros na algibeira de facto o que se quer é passar despercebido perante o panorama das contas onde leva 9% dos lucros como vencimento.
Desta contenda, que leva muito tempo, há um pormenor lido em notícia que aguardo desfecho, é que a JPP no ano passado, não sei precisar mas em inícios de Verão, requereu elementos documentais à GESBA, nomeadamente faturas dos transportes da mercadoria e no capítulo Vendas, as faturas da venda da Banana. Vamos em fins de fevereiro de 2023, muito mais de meio ano depois e ainda não veio nada cá para fora, não sei se a JPP tem e não publicou, se o Tribunal não conseguiu todavia arrancar os documentos ou se na Gesba estão a alindar os documentos. Esses papéis é que vão determinar tudo e pelo tempo que passa só se pode suspeitar ...
Parafraseando um famoso dramaturgo inglês “há algo de podre no reino…” da GESBA, e não é a banana. Mas se a Gesba tem razão, porque não entrega os documentos para acabar com esta conversa de vez? Os jornalistas que façam alguma coisa e vejam a situação como anda, ou isso é de fugir como diabo da cruz porque já fizeram propaganda em favor da Gesba (?) ... é a cruz das contas reais na Gesba ...
Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2023
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