Os milhões de PRR que não vão produzir recuperação e resiliência


E stamos num momento em que se anuncia em catadupa milhões para várias obras que, mais uma vez, não vão distribuir riqueza na zona mais pobre do país e onde a pobreza mais cresce, é impossível não haver nada errado perante tantos milhões que cá entram. Estamos no histerismo de novo jackpot, do tipo Lei de Meios, em que é preciso andar depressa para cumprir prazos, com tudo mais caro e de novo numa "Madeira estaleiro", para encher os bolsos dos mesmos com estratagemas de empresas novas para terem condição de receber adjudicações. Não vão trazer recuperação e resiliência. Por aquilo que se vê, a alucinação da vanguarda tecnológica vai revelar no futuro novas burlas e perda de dinheiros em aventuras, como já tem acontecido. Estas são basicamente os objetivos do PRR:

  • Transição verde;
  • Transformação digital;
  • Crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, incluindo coesão económica, emprego, produtividade, competitividade, investigação, desenvolvimento e inovação, e um Mercado Único em bom funcionamento com pequenas e médias empresas (PME) fortes;
  • Coesão social e territorial;
  • Saúde e resiliência económica, social e institucional, inclusive com vista ao aumento da capacidade de reação e preparação para crises;
  • Políticas para a próxima geração, crianças e jovens, incluindo educação e competências.

Há objetivos que para alguns madeirenses, que alcançam, dá vontade de rir ou chorar na conjuntura da Madeira. É preciso referir que a Resiliência é a área que mais recursos absorve, o 61% do montante de subvenções do PRR. Para mim resiliência é sobre cidadãos e empresas e não um GR a distribuir aos amigos e àqueles que há décadas são protegidos do regime.

Há muitas formas de colocar mais rendimento disponível, aumentando os rendimentos, o que agora com a inflação será engolido em dois tempos ... mas antes assim do que não ter, como também evitar despesas e isso pode-se conseguir nas habitações, com a produção própria de energia, aquecimento solar de água, eficiência energética e rotura térmica. O conjunto de todas as habitações da Madeira nestas condições traria menos despesa energética à Região e mais poupança nas famílias. Não foi aposta, o Governo Regional ficou com todo o dinheiro, talvez por não ser do interesse de um DDT. Mas, ainda neste tema, nem por um momento a Madeira falou nas reservas de gás e combustíveis. Só cereais. E é aqui que mais uma vez estamos na mão de um mercantilista sem capacidade numa guerra. Não se fala porque não importa que a população comece a pensar.

Infelizmente, o eleitorado da Madeira foi "drogado" na ideia de que só obras significam que um Executivo governa bem e não entende que ter dinheiro na algibeira é também propósito que deveria existir nos objetivos do GR. No próximo ano lembre-se deste texto, quando você não tiver dinheiro, levam-lhe os bens, ainda são capazes de acabar nas mãos dos que comem tudo e não deixam nada.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 29 de Setembro de 2022
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