Rendidos à trapaça


Boa tarde aos leitores do Correio da Madeira.

Q uero escrever sobre o perdedor da jornada eleitoral no Funchal, o que deu a cara, o Miguel Silva Gouveia. Injustiça que os ambientes tecem e que ninguém parece já ligar, pois urge se libertar rapidamente do fardo que a vitória carrega, toda a chafurdice. É preciso, como noutras ocasiões, preencher a cabeça do eleitorado com tretas para não se ver o essencial, para isso está o publicitário. É preciso se dizer algumas coisas na alegria dos trapaceiros e que o interesse cego de muitos permite, sem qualquer lealdade que a democracia deve ter. A qualidade de políticos e seguidores estão a divergir o sentido da democracia, há cada vez mais jogo sujo que ele próprios executaram e viraram bico ao prego. Aqui vão alguns factos que não são de domínio público e não devem ficar no recato de cada um.

O que vou narrar de forma ligeira foi o que aconteceu. Sem dúvida de que a vereação tinha algumas ovelhas negras que conseguiram atingir a imagem do presidente mas ele é uma pessoa íntegra, profissional dedicado e competente. Um técnico. Mas nestas coisas da política, antes parecer do que ser. O "social" tapa as verdadeiras intenções políticas de alguns através dos avultados meios financeiros, divergidos do público para acção política, e agora despacham a secretária. A crispação entre quem tem poder na não tem cultura democrática é fatal quando cai no comando, aconteceu com Miguel Silva Gouveia e vai acontecer com Pedro Calado. Tem lá todas as sementes, por ironia do destino. Desejo sorte aos funcionários da câmara porque o que está na mira vai se manifestar, é da natureza, é ir aos portos e a UMa se inteirar.

Mas falemos do mandato de Miguel Silva Gouveia, houve funcionários nas aprovações de obras a prestar propositadamente maus serviços, um saiu (deve voltar como prémio), outros lá estão. Penso que de súbito vão se tornar bons profissionais. Confundiram tudo e deram primazia à política quando são profissionais da área sob qualquer partido. Foram "sonsos".

Na salubridade passou-se o mesmo, e já hoje uma recolha que estava atrasada, efectuou-se na minha casa. Um vez pedi a recolha de um mono, serviço que existe na CMF mas disseram que não tinham pessoal, telefonei 4 vezes e nunca havia pessoal. Eu não me posso denunciar mas garanto que o serviço já funciona.

Os mendigos e sem-abrigo pelas ruas é só a parte visível da estratégia de quanto pior melhor, hoje a secretária da inclusão foi posta a andar, agora vão tratar do assunto ou é só acomodação da gente de Albuquerque no GR? O IHM migra para as obras para dar casa aos "refugiados" ou contratos programa? É a ligação perfeita para as obras, Calado - Fino. Ninguém explora isto noutros colaboracionistas?

As obras também eram outro arrastamento, provocando claramente munícipes enfurecidos, os beneficiários foram os construtores, dignos representantes da área na nova gestão camarária. Agora também vai andar tudo depressa, tal como alguns processos de gente recém chegada e alguns licenciamentos de obras dos amigos do partido oponente que eram despachados depressa, do tipo fazer levantamento topográfico numa semana e no mês seguinte já estava em obra. Para não falar do inacreditável caso do miradouro ...

Mesmo com tudo errado, agora será dito bem, haverá folclore e publicidade a gerar receitas, as Assembleias Municipais serão um primor. O objectivo foi alcançado. A acusação de soberba aos outros, oculta todo um bando de sonsos, colaboracionistas e situacionistas na estratégia. Radiantes com a vitória, que agora falam com presunção. É esperar pelo lucro de cada um, tal como sucedeu após as Regionais. Esperemos que as víboras nunca se desentendam porque o ombro de gente com carácter está a desaparecer.

E do mais porco e vil, para além daqueles que misturam o profissional e o político estão os "traz e leva" na família, destruindo-a para o seu sucesso profissional a qualquer custo enquanto bufos, nem precisam ir ao trabalho, aproveitam para parecer sérios em escritas públicas.

E porque Cafôfo foi embora, termino perguntando se o seu erro de se sujar com um DDT, ficando igual ao regime, o que significa se não chegou a qualquer vias-de-facto contra os interesses da população, se comparado com actual equipa de vereação do vencedor.

Tudo isto me leva a concluir que deixou de haver eleições, o que há é um acerto de interesses que empurra cada vez mais boa semente para fora e ficam os jogadores, que haja muito dinheiro e lugares para se poder gerir, porque gestão também não haverá! A estratégia é gastar e fazer gente feliz. Espero que seja dos contemplados porque se não for vai pagar.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 27 de Setembro de 2021
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