Ponderação sobre suspeitas de fraude


U ltimamente, tem chegado em catadupa textos com episódios de denúncias de fraude eleitoral em algumas assembleias de votos e pedem que o Correio da Madeira investigue os factos. O Correio da Madeira não tem meios próprios para investigar ou qualquer autoridade nem pode substituir a quem de direito. Ainda e só, somos uma plataforma de opinião.

O curioso é que durante a campanha poucos textos e denúncias, opiniões ou dúvidas sobre este ou outro candidato chegaram ao Correio da Madeira e de repente, após as eleições, muitos acordaram para uma realidade de que sempre se suspeitou, mas nunca foi provado, a de fraude eleitoral.

Mais uma vez, o Correio da Madeira não pode e não lança suspeitas sobre cidadãos idóneos mas sim sobre factos devidamente acompanhados por provas. Qualquer referência a nomes ou locais serão omitidos nas publicações caso não cheguem devidamente comprovados por documentos anexos. Os documentos, como fotos e pdfs devem ser “zipados” num só documento e enviados em anexo no Denúncia Anónima (link). Em termos tecnológicos, as ligações das denúncias ao Correio da Madeira são encriptadas não permitindo identificar ou localizar o denunciante. Se for crime enviamos às autoridades em vez de publicar, até para que seja efetiva.

Uma vez mais reafirmamos o nosso compromisso aos autores das denúncias que a identidade, caso se identifique ou não, será devidamente acautelada, até porque sendo pelo Denúncia Anónima não sabemos mesmo. Solicitamos aos autores que escrevem para o Correio da Madeira que não se limitem a relatar factos e que, se possível, esses mesmos factos sejam devidamente comprovados com documentos anexos.

Várias denúncias que chegaram apontam para o facto do uso da máscara ter permitido que a mesma pessoa tivesse votado por várias vezes com Cartões de Cidadão de familiares e amigos porque as mesas de voto, devido à pandemia, não exigiam que o eleitor retirasse a máscara para se comprovar a sua identidade com a foto do documento de identificação.

Acreditamos que o facto possa realmente ter ocorrido, mas sem suporte documental, como uma simples foto do ato, não nos permite publicar a identificação do(s) prevaricador(es). Há muitas suspeições, até nós damos conta do apagar de qualquer pista e relatamos uma. Na gestão da plataforma detetamos que uma notícia que esteve a circular, justamente sobre alguém que no Porto Moniz votava com cartão de outro, e foi chamada a polícia, desapareceu. Contudo, o link da notícia existe e se carregarmos no browser ela acaba na inócua página de entrada do órgão de informação. Neste momento, não está acessível, depois já não prometemos que possa comprovar porque assim como desaparece pode aparecer. O grande problema desta atitude é que o motor de busca da Google aponta para a existência, e assim, pelo menos não somos mentirosos. Salvaguarda-se que, por alguma razão, a notícia poderá ter sido retirada por insuficiente informação, que acaba remetendo a mesma para "fake-news", ou seja, e sem sombra para qualquer dúvida, assume-se que são leais com os leitores, no entanto, as autoridades devem ter esse registo pois trabalham também com seriedade. Para além disso, há uma pequena pista para os mais atentos ...

O link é este:
https://www.jm-madeira.pt/regiao/ver/142336/PSP_chamada_a_intervir_em_assembleia_de_voto_no_Porto_Moniz

E as pesquisas no Google estão aqui, use: "PSP chamada a intervir em assembleia de voto no Porto Moniz"

Link da Pesquisa

Link da Notícia

Mais informamos que o Ministério Público disponibiliza no seu site um formulário de denúncia encriptado - DCIAP - Apresentação de denúncia sobre actos de corrupção ou fraude (link) - na qual o denunciante pode solicitar o anonimato.

Cabe a cada um de nós, em consciência, denunciar as fraudes de que tenha conhecimento para que todos nós tenhamos direito a viver numa sociedade justa.

Julgamos ter sido a todos os níveis ponderados na moderação.

Os cumprimentos da plataforma.