A Comentadora


O Diário, na sua busca desenfreada pela excelência da informação, inventou uma nova rubrica na qual irá convidar digníssimas figuras da sociedade madeirense para comentar a campanha autárquica de 2021. Por acaso do destino, ou mera sorte, o primeiro comentário coube ao líder da oposição, Paulo Cafôfo, vencedor anterior da Presidência para a CMF, como que para cumprir calendário e retirá-lo do prime-time da campanha eleitoral. Veremos quem surgirá com o agudizar da contenda até 24 de setembro. Em seguida veio a candidata derrotada de 2017 que, ao contrário do que avisaram desde Renovação para os derrotados da era Jardim, ela sim foi tendo mais oportunidades, desde logo na comunicação social. Com a certeza de que se fosse contra Miguel Silva Gouveia teria ganho de caras.

A primeira surpresa foi a nota que a socióloga deu à campanha do seu próprio partido, onde não participa ativamente por estar muito ocupada na Vice-Presidência da Assembleia Regional. Deu 9 e não 10 porque, como todos percebemos, poderia parecer demasiado suspeito para a isenção que um comentador deve ter perante a análise dos factos. Aliás, outra nota não seria de esperar, porque ao fim de contas foi o PSD que lhe arranjou o tacho de 5000 euros por mês que aufere, nas árduas lides da Assembleia Regional.

Os preliminares deram um enorme parágrafo a tecer os melhores comentários à campanha pela positiva do “Funchal sempre à Frente” e a Pedro Calado que, segundo ela, é um político sem medo e com obra feita. Sim, nós já sabemos que ele gosta muito de obras.

E como não seria de esperar outra coisa, a Miguel Silva Gouveia, a socióloga classificou a campanha com 3. O que, de 0 a 10, significa que Miguel Gouveia chumbou porque não é acompanhado pela equipa. Bem feito! Vai ter de ficar mais 4 anos na Autarquia para aprender!

Se até agora era expectável esta classificação da Socióloga, o que vem a seguir é demasiado suspeito para se deixar passar sem tecer quaisquer comentários.

E a primeira surpresa vem do PTP, o tal partido do odiado José Manuel Coelho, que candidata a sua filha Raquel Coelho ao Funchal. Ao PTP, Rubina Leal deu a brilhante nota de 4 por considerar que a campanha do PTP denunciou alguns problemas da cidade. Não menosprezando a campanha do PTP será que por detrás de tamanho altruísmo existe algum acordo secreto do PSD com a Raquel Coelho como ela tentou em 2017 com a Frente Mar? Ou é só "coleguisses" do JM?

Já a nota de dada à CDU, um 3, não é nenhuma surpresa porque a socióloga sabe que a CDU prefere morrer no deserto do que se coligar com quer que seja.

A nota de 2 dado ao CHEGA, que apoia implicitamente o PSD, é também injusto porque quanto menos eles falarem mais o PSD fica com os votos dos xenófobos.

E para terminar, o miserável 2 dado à JPP e à Iniciativa Liberal até foi lisonjeiro, porque estes dois partidos até à data andam um pouco alheados da campanha do Funchal. Pelo menos considero que a JPP e a IL deviam ter direito a um exame oral para subir a nota.

Resumindo, Rubina Leal chumbou todos, menos o seu próprio partido!

Sem dúvida que estamos perante uma grande analista que, além do seu programa na rádio JM, poderia fazer uma perninha como comentadora no Dossier de Imprensa da RTP-Madeira e ganhar uns cobrezitos.

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 5 de Setembro de 2021
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