Arranjem um altar para Pedro e Miguel

 

A Pedro e Miguel fica-lhes mal emitir moralismos quando seus fundamentos estão lá na governação sectária e tachista e que não mete ordem na casa quando quase todos os secretários estão enfermos de ilegalidades. Pedro e Miguel, a bem da frágil coligação tudo permitem, até porque eles próprios são mentores e os secretários sentem-se confortáveis. Aliás, prevaricar em benefício da política em vez da governação só traz aprovação. Todo o governo não tem o cidadão no topo.

Dizem que um bom mentiroso nunca se esquece da mentira anterior, penso que Miguel e Pedro contam com a célebre memória curta do eleitor. Então Miguel e Pedro não respeitam a Constituição mas gostam da Autonomia que lhes dá o paraíso na Terra fundada por ela. Miguel e Pedro não gostam de tribunais, aparentemente, porque se de um lado os condena por outro os iliba e, o saldo, é altamente positivo para o segundo. Não confundir decisões de tribunal com acções de investigação. Nos meandros da Justiça, atrasar já é um benefício, não que se consubstancie em favorecimentos mas porque a cada momento destrói a hora exacta da vitória dos seus adversários. O resultado mais tarde não resulta em qualquer mazela num governo corrupto.

Miguel e Pedro estão num número de teatro, é sempre o mesmo, inverter a polaridade, por isso surgem virgens quando o PSD instrumentaliza a Justiça. Ser escrutinado deveria levar a consequências mas o PSD adia para quando for inexpressivo para a contenda eleitoral. Por exemplo, Pedro reza e pede que a Justiça adie a incriminação de Miguel no caso do CINM/Quinta das Rosa, porque desmancharia a sua candidatura e arruinaria a auréola.

A expressão que hoje vimos no JM, demonstra como Miguel e Pedro se sentem acima da Lei, a praticar tudo o que lhes convém, pensando que só o poder deles conta. A Justiça até deveria ir mais a montante, na sociedade entre os dois antes de atingirem o poder, porque desapareceram os Panamá Papers? Foi só por causa do José Lino? Há muito medo e manobram eleitoralmente a cabeça do eleitorado perante pobres listas de um grupelho que não debita gente idónea para candidaturas, todos presos por interesses e no compra e venda.

As queixas são fundadas, sim porque parece que há 4 e não uma, estamos sem ferry com o continente por longos anos de perverso desgoverno que auxilia um lóbi em vez de estar com o povo.

Miguel e Pedro, que não respeitam a Constituição, são virgens a favor da Justiça que coitada é instrumentalizada pelos que nada têm. Os "bandidos" na Madeira são pelintras, estranho conceito. Sobretudo quando uma Assembleia Regional martela e adapta as leis nacionais e directivas comunitárias à conveniência de todos aqueles que se acham excepção e donos do poder na Madeira. A instrumentalizam os Inquéritos Parlamentares para branquear acções políticas contra os interesses dos cidadãos e ilibam os respectivos lacaios políticos, é outra prova.

O que dizer daqueles que querem uma avaliação justa na Justiça e tentam o caso em Lisboa? À conta da falta de credibilidade do que existe aqui e da panelinha de advogados do regime? Isto significa o quê? Instrumentalização?

Tudo isto é um grande teatro, todos sabem, resta saber se compraram gente suficiente para dizer o contrário porque o orçamento da Região não serve só para enriquecer meia dúzia e sobejar para mandaretes, também serve para comprar votos, numa democracia largamente sediada nos lóbis que só nos dão gente desinteressante que não nos vai defender.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 14 de Maio de 2021 11:05
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