Q uando olho para o logo garrido lembra-me África, profunda, cores garridas. Também me lembra flower power, hippies, os padrões dos anos sessenta, a liberdade sexual e as ganzas. Não me lembra o tecido do folclore mas é folclórico. Depois tem a mensagem, as letras brancas simples informam mais do que o logo.
Eu gosto da minha terra, eu quero puxar por ela, estamos na fossa e não quero empurrar para baixo, agora não me obriguem a dizer que está bem o que está mal. A nova imagem da Madeira, ou melhor, o logo, é imperceptível para uma concorrência feroz que, ou pega a atenção ou perde o segundo. Numa publicidade na TV, a preço de ouro, se não for a voz off a descrever ou dizer algo, tenho a certeza absoluta que podem chegar ao fim e não resolver o enigma. Para além disso, não sei qual a inspiração nas cores, será que é mesmo um tropical de África? E a nossa identidade?
Não sei o que dizer, estou aturdido, baralhado, desanimado, não acertam uma, talvez jogar a toalha e dar razão a quem evito a todo custo que não tenha, aos haters das redes sociais que dizem mal de tudo mas que, ao fim ao cabo, devem ter menos tolerância do que eu e não são haters. Agora sou mais um que diz Eduardo rua e limpeza nos amigos da APM. Mais um arranque em falso, pega-se no flightradar e as mesmas companhias aéreas que nas mesmas condições de confinamento voam para as Canárias, não voam para a Madeira. É muito simples, o que se passa nos cruzeiros está a acontecer na aviação e esta gente ainda se entretém em selos e logos falhados. Procuram só fazer de conta para dentro.
Acho que os interesses no turismo da Madeira devem se reunir e ir à Quinta Vigia encostar o Albuquerque à parede. A Covid-19 abafa muita incompetência e a sorte afinal está nos adiamentos do pleno funcionamento do turismo, senão estas asneiras seriam postas à prova e então é que havia críticas.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 12 de Abril de 2021 20:37
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