P ara fugir à verdade, deve-se contar meia verdade e inventar o resto. Deve-se ser minucioso e não gabarola. Albuquerque sente-se seguro e impune por isso tem deslizes, tem tudo "controlado" porque os outros calam-se com este autismo autoritário.
Hoje assisti a um professor decente, da velha guarda, a ser enxovalhado, passou pelo mentiroso. Vi que o homem saiu perturbado porque com certeza a escola está a deixar de ser um espaço de formação de carácter. Eu sei que o professor tem razão de sobra. Assisti ao porquê deste país qualquer dia não ter professores suficientes. Ninguém está para ser destratado por inergúmenos a coberto do partido.
Em bons modos, o professor explicava que alguém com ascendência sobre os "crânios" da secretaria deveria chamar a atenção sobre a verdadeira situação das escolas e que Jorge Carvalho recusa confirmar, talvez porque defende outras coisas nos Conselhos de Governo. Esperançado em construir algo, o professor, como já disse, acabou por ser destratado.
Vim para casa pesquisar o cerne da discussão, que Miguel Albuquerque afirmou que os testes seriam para toda a comunidade escolar, e tem lógica, são muitos mais os alunos e sabemos que alguma parte não se porta bem. Sucede que Jorge Carvalho parece que hostiliza os professores porque o enfrentam com verdade e ele odeia perder. Hoje percebeu-se uma narrativa, de que Miguel Albuquerque nunca disse que seria para todos. Que desplante. Eu também ouvi mas, chegando a casa comecei a perceber que a narrativa estava bem urdida, tinham apagado tais afirmações em meio oficial. Só me lembrei que era o mesmo "modus operandi" do desaparecimento das actas do caso professor Joaquim da Escola do Curral.
Felizmente a censura não chega a todo o lado e com um pouco de paciência consegue-se. Penso que enquanto Presidente, Albuquerque julga que pode dizer tudo e se for mentira depois o Governo remedeia ou corre atrás do prejuízo, tudo para poder ter aquele ar magnânimo e brilhar na hora. Precisamos de governantes com outro carácter e postura. Estes estão a cansar.
Quanto à testagem, este novo formato não vai evitar nada e só está a causar mal estar nos professores, auxiliares e conselhos directivos que percebem francamente onde estão os elos mais fracos, alunos para o Covid e Jorge Carvalho na gestão. Os testes, desta maneira, responsabilizam os mais responsáveis pela existência da Covid nas escolas e não atinge objectivos.
Deixo-vos o artigo (link) que felizmente encontrei e não foi banido pela narrativa, onde Albuquerque afirmou que os testes eram para todos, inclusive alunos, e estava certo mas depois recuou sem dar uma explicação. Se calhar primeiro anunciou e depois soube que não tinha testes antigénio (rápidos) suficientes.
Muito se gagueja, é falar sem segurança:
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