O porquê da menor percepção de existência de corrupção no sector público da Madeira

 

O ntem os madeirenses tomaram conhecimento de mais um caso de investigações com nome pomposo, é a Operação Antúrio, outros antecederam e terminam sempre em "desvanecimento temporal". Provar um crime, com factos cabais, contra sonsos que praticam o ilícito nas penumbras da lei e nas omissões do legislador é de facto hercúleo. Meu pai sempre me ensinou uma forma fácil de escrutinar. Tu fixas-te no sinal exterior de riqueza, no benefício, no sucesso e na anormalidade, na dualidade que faz jurisprudência sectária porque sempre aparece alguém a afirmar que afinal o caso não é igual e começas a andar para trás, puxando a linha e fazendo novelo. O contrário é muito mais doloroso e cheio de alçapões que te fazem perder o tempo.

Nestes últimos tempos vi prédios à beira mar embargados há mais de década, quando mudou de dono, a verdadeiro preço de saldo na aflição, a situação imediatamente se desbloqueou. Também vi fundos comunitários a serem entregues a uns e outros que copiaram a fórmula de sucesso a não terem o mesmo resultado. Vi gente a fazer investimento no interesse público que acabou sendo para uso privado e quando alguém reclama o uso a polícia vem retirar indivíduos de propriedade privada. Vejo uma estrutura governativa minada por lacaios do poder económico, com a vida facilitada em adjudicações e os lacaios a receber prendas que não hesitam em usar, pode ser um bem, um patrocínio, dinheiro europeu empolado que deixa uma prendinha, obras que dão rendas, boa vida ...

Quando afinal as situações andam ou se resolvem por presença de alguém que move influências, então podemos afirmar que a lei não é igual para todos ou houve muito má vontade para lesar alguém. É assim, com este sucesso sectário resultado da manipulação de fundos, que gente comum não tem sucesso e outros, que manobram o poder, têm-no até de forma abusiva e laxista. Tudo isto se repete noutras situações, há gente que nem precisa frequentar as instituições para alcançar apoios nesta pandemia, outros fazem a via sacra e nada alcançam.

Deixei de ter esperança nestas notícias, acho que são muito mais para abrir a válvula da saturação pública do que para condenar alguém. Um arranjo floral, por isso Antúrio, se sucederem muitas vezes estas falsas partidas até se pode afirmar que são para ajeitar a política q.b.. É por isso que no outro dia se lia no vosso site que a percepção de corrupção na Madeira é das mais baixa no país, não é que não haja em altíssimos níveis mas sim porque as pessoas deixaram de acreditar numa Justiça eficiente, tal como na política existem vendidos ao poder económico também existem sucedâneos na Justiça.

Moral da história, sem uma limpeza total dos elementos de instituições da República que há muitos anos estão na Madeira, e que com os seus cargos acabaram por se deixar arrastar a asa pelo poder para beneficiar seus familiares e sem mudar a forma de investigação tudo vai contribuir para esta terra ser a mais pura do país. Apesar de podre, podem beatificá-la.

Hoje, o poder política até está agradado pela investigação, são muitos anos a virar frangos.

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Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 25 de Novembro de 2020 09:21
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