Covid para adultos

 

C omo em tudo e apesar da Madeira se pintar de pioneira com uns burgessos que sonegam informação à população, a regra é que mais tarde do que cedo surgem as novidades e as tendências na região. Somos os melhores dos mais tarde. Não destoando desta realidade, com o Covid-19 vai suceder o mesmo e aprontem-se porque nada vai ser igual neste Natal e Passagem de Ano. Os casos estão a crescer, logo o pico é algures lá para a frente e depois, ainda demorará para teremos a queda para achatar a curva. O Covid-19 não nos deixará tão cedo ...

Esta vaga é mais severa porque a população baixou a guarda, num convencimento atroz, potenciado pelos mais novos mas também pela falta de cuidado de todos, parece que ninguém sabe usar a máscara ou proceder com atenção sobre o que faz. Acabaram-se os treinos, agora vamos mesmo a jogo. O clima desta época do ano é o mais propício e os governos, também o da Madeira, estava "inchados" com a experiência da primeira vaga. Claro que a impossibilidade de confinar na forma dura da primeira vaga não ajuda, ainda mais com um povo que não percebe que sem estancar o Covid-19 não há economia e andam a se agarrar à normalidade antiga.

Ao contrário do que a propaganda diz, não estamos a governar bem a situação na Madeira até porque se o continente tem sempre um certo atraso em relação a outros países, é também tácito que a Madeira tem atraso em relação ao continente, uma dupla vantagem para implementar medidas de contenção mais eficazes. No entanto, a falta de condições e dinheiro criam sucedâneos que não correspondem às necessidades. Nas escolas, depois de todo um rol de condições termina com um "se possível", as escolas não foram construídas a pensar em pandemias. No lucro de alguns sim ... Se juntarmos a este facto a realidade dos transportes públicos, estamos falados. A exposição é contínua e em larga escala.

Em relação às medidas, as excepções trazem observações e perca de autoridade, logo é preciso ir cedendo à medida que, todos os que se agarram ao antigo normal, também reclamam por excepções. Mais uma vez, é nas elites e nos privilegiados que nascem os problemas, a perca de autoridade perante a população e nas mais diversas classes profissionais. A aflição económica não ajuda porque está subentendido que este governo não vai ajudar de facto ninguém, tão só os seus provocando despesa e ajudando-os com facturação. Querem lá saber de apoios, uma faca de dois gumes.

O vírus, que já sabemos que não respeita ninguém, apresenta-se mais contagioso porque está "na sua época". Também está a trazer mais sequelas do que na primeira vaga através de variantes que vão sendo detectadas.

É preciso rever o plano das escolas, tudo é muito claro, quando recomeçam as aulas todos dizem que o trânsito está pior. O facto que se põe e que infelizmente nós sabemos é que, com o retomar de um conjunto actividades, como as aulas, é lógico que aumente a circulação do vírus na região, ainda por cima com jovens que não respeitam as regras, basta espreitar para um recreio ou a sua atitude na rua aos bandos.

Esperemos que acabe a propaganda e a paternidade do Covid-19, para nos debruçarmos cientes dos desafios que temos pela frente.

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Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 9 de Novembro de 2020 16:02
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