RTP Madeira e o seu enfant terrible

 

Recorte DN Madeira edição de domingo,11 de outubro 2020


M iguel Torres Cunha não tem a capacidade de ser coerente. Tem a atitude de um enfant terrible! Nunca se sabe o que é que pode vir dali ...

Passou os últimos 8 anos em guerra aberta com os trabalhadores da RTP Madeira, sendo do conhecimento geral a forma pouco cordial e ainda menos educada, como tratava os seus “subordinados” (entenda-se por subordinados todos os trabalhadores da RTP Madeira, desde o segurança ao chefe da redacção). 

Torres Cunha demitiu-se, considerando que “esta era a melhor solução”. Vem a Comissão de Trabalhadores da RTP dar-lhe razão e concordar que esta era mesmo a melhor solução.

Ora, vem agora Torres Cunha, lastimar-se nas páginas de domingo do seu DN, que isto é uma chatice e que o facto de lhe darem razão é tudo menos respeitoso, reclamando das horas trabalhadas e que ele considera excessivas, de não ter gozado mais nenhuma folga do que aquelas a que teria direito, do mês de férias pagas a que tinha direito por ano, que os administradores/directores não são respeitados e que as ordens não são acatada.

Parece que isto de querer mandar tem muito que se lhe diga. Não é fácil. Principalmente se os trabalhadores tiverem coluna vertebral e não forem completamente acéfalos. 

Pois venho dizer que tem razão para reclamar e bater o pé como uma criança mimada e birrenta. Deve ser muito aborrecido continuar a trabalhar como jornalista na RTP Madeira e ter de ir agora ser “colega” de trabalho de pessoas que atemorizou e amedrontou, durante anos. Ter de editar peças e sair em reportagem com “colaboradores”, alguns deles precários (sem direito a um mês de férias por ano, ou a gozar mais folgas do que aquelas a que têm direito, ou que ainda têm dinheiro a receber de trabalhos concluídos!), que ora trabalham, ora não, consoante lhe fosse conveniente favorecer alguma produtora em detrimento de outra … ter de dar bom dia / boa tarde / boa noite a todos os que trabalham naquela empresa e aos quais se dirigia em decibéis excessivos.

Descer do Olimpo para o mundo dos mortais é difícil, mas nunca é tarde para aprender e arrepiar caminho.

Considerando a sua carreira de 40 anos dedicados ao jornalismo (como bem apregoou no artigo de domingo do DN) Miguel Torres Cunha já devia saber, que todas as pessoas devem ser tratadas com dignidade, urbanidade e probidade. A boa-educação ainda não saiu de moda.

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Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 12 de Outubro de 2020 18:11
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