Esvaziando o jornalismo


Link da Notícia

C om a internet e a falta de poder de compra os jornais tradicionais, mesmo inovando, começaram a perder a rentabilidade que lhes dava a independência. Com ela começou a haver temas inconvenientes na ginástica de se pôr a jeito de facturar. Curiosamente, os jornais acabam sendo parecidos ao GR e a Autonomia, vocifera contra Lisboa porque quer "sacar" de lá dinheiro para além do seu orçamento "penhorado" quando usou o dinheiro disponível mais a capacidade de endividamento até daqui para umas boas décadas. O GR está viciado em dívida, só sabe governar com muito dinheiro porque gastando "roda" dinheiro (leitura recomendada). Só que os jornais não são o Governo Regional que faz política barata, engenharia financeira e tem o poder para contra-atacar de forma desleal.

Os jornais foram capturados na Madeira pelo poder através dos seus protegidos, denominados DDT. Com um Governo Regional com gente de mau carácter, empregados da política e viciados em décadas de poder que sustenta muitos impérios, os adversários tornaram-se inimigos e a falta de qualidade dos políticos trouxe a vingança em vez da troca de argumentos ... o adversário (inimigo) tem que se matar. E vale tudo. O GR sabia que cortando receitas chegaria um dia ao desiderato.

O poder, viu-se ao longo dos anos, cortou assinaturas, rasgou jornais, insultou os jornalistas sérios e deu sucesso aos vendidos, minou as redacções com fretistas que até migraram para assessores no Governo Regional mas, restam outros no activo. O jornalismo deslocou-se por necessidade de facturação para fora das redacções, situa-se nas agências de comunicação que escrevem como deve sair com uma foto que nunca transparece nada. Gente linda e pura. Coadjuvados pelas "toneladas" de assessores de imprensa que conferenciam com os vendidos dentro das redacções. Paralelamente a isto, todos os órgãos de comunicação social foram comprados pelos DDT, radios, jornais, semanários, culminando na venda do DN.

Tudo começou pelo poder que corrompeu o jornalismo e por muitos jornalistas que trouxeram o descrédito. Não só as redes sociais e blogues tomam dianteira, agora cada um parece querer o seu meio de comunicação social. O poder e os DDT que mataram o jornalismo pensam que agora dominam tudo. Nada mais errado, daqui a uns dias, vai gerar um esvaziamento completo dos jornais que nada mais poderão dar do que as coisinhas cor-de-rosa, a família Aveiro, os vídeos do turismo vs turistas, o pavoneio das elites. Bonito serviço! Toda a notícia será censurável e nas redes sociais, blogues ou páginas oficiais nascerá uma outra informação.

A posição dos jornalistas sérios é deveras desconfortável com tantos colegas vendidos, divididos entre o ganha pão essencial e a cleptocracia. Isto vai evoluir e os DDT e o GR vão perceber que não "compraram" nada e, não vale a pena se queixarem dos outros, não se façam de vítimas, são os únicos culpados por colocar a informação fora do circuito que nunca vão dominar.

A culpa do jornalismo na Madeira reside no primeiro momento em que um deles abriu brecha da comunicação social, teve sucesso por estar vendido e feito com o PSD, outros foram imitando até que todos queriam ser assessores e ter sucesso, enfraquecendo os seus órgãos de comunicação social que agora desprezam. São um mero trampolim mas atenção, agora o poder com tudo controlado vai matar jornalistas, a força acabou! A culpa é de não terem atacado na primeira hora os lóbis de Jardim que cresceram à sombra do erário público, agora só eles têm dinheiro e a comunicação social está dependente da sua influência e dos seus dinheiros.

Entramos numa nova era onde a informação fornecida por gente sem ligações que tem prazer em minar o regime corrupto. As pessoas darão crédito a boa gente tal como na política escolhem as boas pessoas e não partidos.

O caso da CMF é talvez um marco que ninguém concorda, vendo sob o prisma antigo do jornalismo mas se nos pusermos, sem preconceitos, na nova realidade, saberemos que é a fuga das garras dos jornalistas vendidos. A culpa é do Governo Regional e dos DDT e ainda aqui vamos, este foi só o pontapé de saída. É talvez uma outra cara do Correio da Madeira, a sociedade vai criando defesas.

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 29 de Agosto de 2020 11:27
Todos os elementos enviados pelo autor.