Ansiedade, desespero e suicídio …


A lguém já parou para pensar se estamos num processo evolutivo ou de retrocesso geral e premeditado? Os valores que de uma maneira ou outra mantinham as sociedades europeias até há uma centena de anos foram postos definitivamente no caixote do lixo. 

Família, casamento, educação, autoridade (não autoritarismo), religião (não confundir com igreja), respeito e liberdade, foram as verdadeiras alicerces que permitiram ao ser humano obter posições norteadoras que os amparavam perante o caos. 

Fazendo uma análise da sociedade ocidental, e no caso particular de Portugal, acho que apesar dos supostos avanços na via que nos conduziria ao Homem “dono de si” de Kant, ou ao homem das Luzes dos pornógrafos franceses, estamos sim a evoluir para uma idade de trevas.

Será um acaso o aumento generalizado do suicídio, da dependência das drogas, um constante recurso aos medicamentos psiquiátricos e ao mais completo desnorte no convívio com as nossas taras e desejos?

Será que a famosa sublimação freudiana está morta? 

Hoje a educação privilegia o acumular de conhecimentos, transmite ao sujeito que todo o ser humano é bom por natureza, que os desejos são para serem todos realizados e que os grandes ideais a seguir são o das luzes.

Mas desde quando a natureza foi boa ou má? Desde quando e a partir de que autoridade afirmamos que todo o homem é bom naturalmente?

Naturalmente sem as instâncias que até aqui nos guiaram (nem sempre bem), desde o núcleo familiar até ao agrupamento em nações, viveríamos num estado de todos contra todos. Num egoísmo tal, que seria impossível criar laços e solidariedades.

Não era a família alargada que em tempos de desespero se unia para fazer frente a qualquer ameaça? Não eram as solidariedades formadas nos grupos de jovens das paróquias, das casas do povo, dos escuteiros, que nos garantiam as amizades para a vida e formavam âncoras sólidas em momentos de desespero individual? 

Não são estes os pilares que estão a ser destruídos por psicopatas? Eles sim produtos de uma genética doente e de patologias profundas. Gente sem escrúpulos que se aproveita de uma relativa estupidez incutida na população, para fazer crer a todos que o cume do homem é este mal-estar, esta falta de sentido, este caos que nos mata e nos escraviza.

Será normal a visível infantilização da maioria dos adultos? Este constante casar e descasar? Esta ideia criminosa de impingir às crianças modelos de taras individuais que devem ser mantidos em privado se nada tiver de criminoso? 

Deixem as crianças descobrirem o mundo, a sexualidade, o amor e a arte. É o maior direito que as assiste. 

Permitam ao individuo anónimo que pelo trabalho, pelo mérito e pelo seu carácter, possa atingir lugares hoje propriedade das juventudes partidárias e dos partidos políticos.

Acabem já com esta ilusão que a crise é para sempre inevitável, que a ascensão social é um privilégio de poucos, que é muito bom estar empregado por uns míseros 600 euros para sustentar as mordomias dos psicopatas do poder político, financeiro e empresarial.

Precisamos sim de voltar à família, de voltar à freguesia, à comunidade, ao seio da tradição.

Voltar aos tempos em que o respeito era norma, educação sinónimo de conhecimento mas também de aprendizagem de deveres e direitos. Educação que permita às novas gerações ajudar o outro sem olhar a quem. 

Educação que faça com que nós humanos lidemos bem com os nossos mais primários instintos. Não os reprimindo por completo, mas sabendo canaliza-los para o bem de todos.

Perante a incerteza material, a rigidez igualitária da maioria, a falta de esperança num amanhã melhor e o constante apelo à satisfação imediata dos desejos, o individuo ou tem a sorte de pertencer à pequena franja das juventudes partidárias, ou passará a vida a rastejar para sobreviver por um ordenado mísero e por uma existência desistente.

Ainda perguntam-se o porquê de tanta toxicodependência, de tanta desistência e de tanto mal-estar?

Uma pista: 
VIVA O MARXISMO CULTURAL. VIVA O SOCIALISMO. VIVA AS LUZES. VIVA A M****.

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 8 de Julho de 2020 01:09
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