A temporada de furacões no Atlântico vai de 1 de junho a 30 de novembro e a Madeira deve estar atenta. Desde que tivemos a experiência, em Outubro de 2018, do Leslie a mudar de trajectória e a passar entre a Madeira e os Açores, sabemos que as alterações climáticas nos podem dar a experiência de passar por um furacão.
A NOAA - Administração Nacional Oceânica e Atmosférica - está a prever uma temporada de furacões muito activa e estima que, desde as águas cada vez mais quentes do Atlântico tropical e subtropical, sejam formadas até 19 tempestades onde, de 6 a 10, atinjam a categoria de furacões com ventos a partir dos 119km/h. Destas (19), entre 3 a 6 têm 60% de possibilidades de poder atingir as categorias de 3 a 5 (178km/h ou mais). O Atlântico está num ciclo quente que tem um padrão de há algumas décadas e que vai dominando o clima no oceano desde 1995. A par da ausência do fenómeno meteorológico El Niño, que impedia a formação de tantos furações, estão a promover o aparecimento de furacões mais poderosos.
Os modelos dão 60% de probabilidades da temporada de 2020 ser mais activa do que as anteriores, 30% aproximadamente perto do normal e só 10% abaixo da normalidade. Os meses que se apresentam mais perigosos são Agosto e Outubro, até para a região dos Açores.
Estes elementos meteorológicos, estão a preocupar os estudiosos nos EUA que estão a prever um 2020 marcado pelo Covid-19 (Inverno-Primavera), seguido da Temporada de Furações que voltará a arruinar o turismo (sobretudo cruzeiros), seguida da segunda vaga do Covid-19. Há risco grave para a economia global com esta sequência de eventos sanitários e meteorológicos.
Quanto à Madeira, para além do previsto pelos modelos meteorológicos, há uma análise estatística que volta a "incriminar" 2020 como mau ano, pela concentração elevada nos trópicos com “canais de saída” activos que apontam para o Atlântico norte, o que pode implicar dissabores para a região. Nos próximos meses é de prestar atenção à concentração das tempestades nas latitudes baixas, com influencia e itinerários desde as Caraíbas até aos EUA, mas também de subtropicais com risco adicional para os Açores, é aí que podemos ter um desvio, até porque as águas quentes que alimentam os furacões são cada vez mais uma realidade na nossa zona.
Os nomes dos furacões (Atlântico) para este ano:
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Do outro lado do planeta, a primeira letra do alfabeto teve o super-ciclone Amphan na Índia e Bangladesh o que pode ser um aviso para o que aí vem desde o Atlântico.
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 23 de Maio de 2020 07:12
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