A reflorestação seca do governo de Miguel Albuquerque
F ui o autor deste texto em 2021, “A Laurissilva não veste Prada” (link), agora vemos “O Legado”. Foram plantadas neste sítio Terra Chã (Paul da Serra) 53.000 árvores/plantas em 2020, com um custo de 270.00 euros gastos ao longo de 3 anos. Ora estamos em 2024, a manutenção foi apenas cortar silvado e como os vídeos mostram, pouco ou nada sobreviveu. Sra secretária do ambiente, onde estão esses técnicos especializados? O “embraiagem” só abana a cabeça.
Li, no DN, que no passado já foram plantadas mais de 1 milhão de endêmicas, quanto custou? É que resultado não vemos quase nenhum. Se foram com fundos Europeus, digo-vos uma coisa, se perdermos o galardão da Unesco, estes fundos e muitos outros deixarão de "existir", mas o mais importante será a diminuição das nossas reservas de água, aquíferos. Das poucas coisas boas que a Sra Prada fez, foi um estudo sobre a importância da nossa Floresta Laurissilva e do Urzal de altitude (fenómeno Precipitação Oculta), uma das conclusões do estudo: esta floresta consegue produzir três vezes mais água do que a quantidade de precipitação anual, e pela diminuição gradual da quantidade de chuva que cai na região, é fácil perceber o quão importante é proteger esta fábrica natural de produção de água.
O que estão a fazer nas Ginjas é um contrassenso, destruir para proteger? Tem lógica? São 80 hectares de Laurissilva que estão neste momento a serem destruídos (podem consultar o EIA), no mesmo estudo menciona que o maior problema são as áreas circundantes a esta mancha florestal, com o abandono de terrenos agrícolas e proliferação de infestantes. Transformar um caminho numa estrada, aumenta exponencialmente o risco de incendio, mais facilmente maluquinhos como o incendiário do último setembro terão acesso, um cigarro, um churrasco mal apagado.
O grande interesse é a casa do Caramujo que pelos vistos já não será um centro de interpretação da Laurissilva, quem adivinha? Uma dica, a casa do Rabaçal neste momento custa 150€ por noite, as chamadas Casas do Governo construídas com os impostos dos madeirenses e “dados” a privados amigos.
4 vídeos curtos de uma visita à área, a caminho de quatro anos, a aprovação é praticamente zero:
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 24 de abril de 2024
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