As cores do bom senso.


U m artigo recente criticando a liberdade de escolha da cor de uma moradia no Porto Moniz provocou algum protesto de uns conhecidos comentadores de esquerda do Correio da Madeira que só aparecem quando são publicados artigos políticos a criticar o Governo. Todos percebemos que o verdadeiro problema não foi a crítica à cor da moradia mas sim porque a denúncia pisou os calos do Emanuel Câmara, que como se sabe está mais interessado no voto dos idosos do que na imagem turística do Porto Moniz. Doeu? Que pena!

O engraçado é que os mesmos intelectuais de esquerda que condenam a cor negra do futuro Bairro de Lata do Dubai, são os que defendem a liberdade do individuo em escolher a cor da sua casa. Então o Sr. João pode pintar a sua casa com a cor que lhe dá na veneta mas a AFA não? Então, e a Socicorreia porque não tudo preto? E porque não tudo verde alface?

Os mesmos “ambientalistas” que condenam a estrada das Ginjas por considerarem ser um atentado à preservação da natureza vêm protestar pelo facto de que um individuo não tenha a liberdade de escolha da cor da sua moradia. Dois pesos, duas medidas? E a liberdade dos vizinhos? Que diriam os moradores da urbanização de luxo “Palheiro Village” se um louco decidisse pintar a sua moradia de verde alface? 

Como tudo isto dá vontade de rir, saibam que devido aos maus resultados do Marítimo, Rui Fontes vai pintar a sua casa de verde e vermelho às riscas e que o seu vizinho do União reagiu violentamente anunciando que vai pintar a sua moradia às riscas de azul e amarelo.

A famosa estilista madeirense Fátima Lopes anunciou que vai lançar a sua nova coleção de roupa em Verde Fluorescente e Rosa Choque, para contrastar com o cinzento da Ana Salazar e para que os queques do Jet-set sejam visíveis à noite.

Já a Câmara Municipal do Funchal vai isentar de IMI os moradores do Funchal que pintarem as suas moradias de laranja com tinta Robbialac “Super Rep Semi-Mate”. Em reação ao anúncio do Município do Funchal, a Camara de Santa Cruz autorizou grafitis fluorescentes nas paredes dos edifícios públicos se tiverem escrito “Viva a Madeira Verde”. Pelo seu lado, o Sr. Bispo anunciou que vai utilizar anjos para pintar de cor-de-rosa a igreja da Ribeira Seca em Machico.

Como forma de protesto pela restrição das liberdades individuais, um grupo de moradores das Madalenas decidiu fechar as varandas dos seus prédios com caixilharias com as cores do LGBT+.

Um traficante de câmara de lobos vai forrar a sua moradia com os azulejos “azul celeste” que sobraram da última remodelação do laboratório de estupefacientes para assim passar despercebido à Polícia. 

Não é preciso ser muito inteligente para perceber da importância do impacto urbanístico na contribuição harmoniosa no meio Ambiente e que tanto a forma, a volumetria, assim como as cores escolhidas são um fator crucial para o equilíbrio entre o Homem e a Natureza.

Espero que tudo isto não seja a nova onda da Pide e de fomentadores de autocensura para as eleições, que acicata a estupidez e o mal dizer do mérito, do bom senso, do bom gosto e da boa crítica. Dos atrevidos que têm de dizer mal a todo custo de textos fundamentados. os verdadeiros mal dizentes que estão desprovidos de conhecimento e argumentos.

PS: Peço aos gestores da plataforma CM para colocar a foto em anexo de um conhecido bairro em Las Palmas (Canarias), cujas cores se integram na História e na paisagem seca das canárias mas que nunca na Madeira.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 1 de Dezembro de 2022
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