T odos nós já ouvimos falar que todos os políticos são corruptos porque ganham avultadas comissões sobre obras públicas, mas poucos conhecemos a pequena corrupção e os jeitinhos que se generalizam por uma pequena parte de cidadãos anónimos beneficiados por votarem no PSD.
Como é do conhecimento público, as tarifas sociais como as de eletricidade e água destinam-se a cidadãos considerados em situação de carência económica. E como se define a situação de carência económica? A situação de Carência Económica deve ser devidamente comprovada pela Autoridade Tributária ou pelo sistema de Segurança Social e que sejam beneficiários do Complemento Solidário para Idosos, ou usufruíam do Rendimento Social de Inserção, situações de desemprego ou ainda Pensão Social de invalidez. Tudo isto até seria justo se se provasse que todos os que usufruem dos apoios social são mesmo pessoas necessitadas.
A realidade é que é tudo um embuste. O que acontece é que muitos destes beneficiários possuem recursos, rendimentos e contas bancárias escondidas e ainda escondem rendimentos de elementos que vivem na mesma habitação que por isso não são contabilizados.
Ainda no outro dia soube de uma família composta por três elementos que vive em casa própria, possui dois carros, uma conta bancária que ultrapassa os 100 mil euros mas que usufrui de um desconto de 40% na tarifa de eletricidade, que adicionados à Tarifa Social da Água, ao subsídio de Reinserção Social, a um apoio mensal para a compra de medicamentos dá um total médio de 905€ mensais.
Antes que alguém me apelide de invejoso, que é a primeira justificação encontrada pelos que acham que o mundo é dos espertos e que os tontos não sabem mexer os cordelinhos, informo que sou um trabalhador que trabalha entre 7 a 12 horas por dia e que sou relativamente bem pago, se compararmos com a maioria dos ordenados que se pagam em Portugal.
Mas o facto de ser bem pago não significa que vivo bem, que tiro férias todos anos, que janto fora e que todos os fins-de-semana vou para os copos com amigos. O meu problema é que sou um idiota porque não vivo numa Habitação Social, por isso pago mensalmente uma prestação de 700 euros ao banco de um apartamento de 148 mil euros, tenho uma pequena poupança de 23 mil euros, um carro de 15 mil euros e que por tudo isto sou considerado rico pela Segurança Social.
Como não tenho quaisquer subsídios, tenho de ir ao supermercado comprar comida que, em alguns casos, subiu mais de 80%, pago gasolina a peso de ouro para ir do trabalho a casa, compro algumas peças de roupa para não andar nu e outros tantos medicamentos para não morrer prematuramente.
Aceito que nos tempos de pandemia e de guerra todos tenhamos de fazer sacrifícios, mas custa-me a aceitar que muitos dos que vivem dos tais subsídios sejam vistos na galhofa em festas diariamente.
Sem querer ser xenófobo, constatei que agora nos bares e nos restaurantes fala-se mais espanhol do que português e por isso já me apercebi de que a maioria dos madeirenses são preteridos por uma pequena minoria que ri do dinheiro dos impostos dos madeirenses que trabalham. Até quando?
Decididamente, faltam tomates aos madeirenses!
Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 18 de Agosto de 2022
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