Entre o Céu e a Terra fica o Purgatório.


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B oa tarde, quero dizer umas verdades que penso ser possível no CM, depois vocês na plataforma moderam como acharem melhor, eu não me vou ofender se não publicarem, percebo perfeitamente o melindre. Vou tentar ser correto e quem quiser me perceber a bem que perceba, quem não quiser, percebo eu que tipo de pessoas são.

Meus senhores a dor é como a caridade, seu suporte é o silêncio e não precisa de propaganda. Os verdadeiramente pobres têm vergonha. Os que verdadeiramente sentem estão em introspeção... é por isso que se gera silêncio, que é uma coisa ao contrário de "ruído" mas ruído não tem necessariamente que fazer barulho. Tenho apreciado as reações à volta da morte de um piloto de ralis no Porto Santo com uma mota. Eu lastimo todas as mortes e percebo a comoção por ser jovem e ter um desporto muito popular na Madeira: os ralis. Eu percebo os fenómenos do desporto, sou dessa área.

A família de um defunto precisa de silêncio, que respeitem o momento da partida e dêem tempo para digerir a situação de forma a prosseguir a vida com a pessoa na memória. Eu sei que, em África e outros lugares com raízes em África, um momento fúnebre é tornado uma festa, quem não se lembra do grupo musical com um caixão às costas em bailarico. É esse o vosso sonho? Na Madeira não somos assim, o folclore e a festa que fiquem para outro momento.

Vivemos um tempo de pessoas fracas e sem caráter por falta de exemplo, um tempo de exibicionismos contantes para se afirmar perante os outros, possuindo coisas e encenando atitudes, estando onde parece ser "top". Parece que tudo é um reality show, propaganda política ou fingimentos de ardilosos.

Dizem que para contar uma boa mentira aproveita-se uma parte da verdade e sobre ela se constrói a ficção. Estamos nesse registo, e ele só acontece porque temos um bando em busca de um objetivo, aproveitando-se do trabalho, credibilidade e momentos dos outros.

Eu sei que há funerais mediáticos, mas cada elemento tem que ter enquadramento, autoridade, ética e moralidade para estar e não parecer mal, tem que ser digno, porque o momento é deveras o pior das nossas vidas. Não creio que a nossa forma de expressão (ocidental) sobre a dor da morte seja o "folclore".

Sinto que na Madeira, por conta da multiplicação de atos ruins institucionalizados e permanente exibicionismo, há perda de bom senso e vergonha na cara. Um chico-esperto é idolatrado e parece bem em relação aos caretas que observam o que está errado. Até ao dia que a dor seja direta, aí vão perceber tudo e até se sentir mal.

O populismo é ardiloso e coloca-se no limiar, onde pessoas com falta de robustez de opinião seguem como carneiros quem mais se exibir. É o sítio ideal onde se pode fazer "farinha" para todos os lados, onde os fracos seguem as evidências mas não enxergam os objetivos.

Hoje a propaganda absorveu um funeral, o padre como a maioria da Igreja segue quem paga, descemos um patamar no verdadeiro respeito pelos outros, atropelou-se a verdadeira dor e os jornalistas já não sabem o que fazer para servir. O momento mais importante foi o discurso e não a razão de lá estarem todos (link). Só quem não conhece esta gente encontrará defeitos no que digo. Pouco me importa a choradeira. Os atores choram, mas quando estão na dor já não conseguem ser atores. Veremos se, quando lhes tocar, se vão desejar folclore.

Foi o primeiro caso, faltaram os diretos, o Marcelo e os bólides na rotunda a queimar borracha. Ya men, bué da fixe. Até ao dia que a dor for verdadeiramente vossa. Muitos repararam mas mantiveram-se calados. Parem de destruir valores... e etiqueta.

Enviado por Denúncia Anónima.
Domingo, 19 de Junho de 2022
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