Acordem, o clima ameaça e na Madeira só se faz política.

 

Atlântico Norte (bacia atlântcia) por estes dias.

Enquanto por imperativos do planeta em que vivemos e de todos os seres vivos que nele habitam temos que mudar de vida e consumir menos uns, lamentavelmente com poder e influência para deturpar, seguem o caminho oposto do colapso, mantendo maus hábitos de novo riquismo e excepção, outros aceleram a desflorestação e fazem estradas no meio delas. As florestas e o mar são os nossos melhores amigos, uma verdadeira fortuna e nós tanto os desprezamos ... alguns.

Estamos em plena pandemia e um "bicharoco" minúsculo (agente infeccioso por veneno ou toxina) deitou ao chão grandes economias e empresas em 7 meses. A mentira do sucesso subsidiado da Madeira também ruiu, oportunidade para repensar. Junte a isto, um clima agressivo que lhe fará perder anos de trabalho, de construção de uma vida, à progressão das doenças e ao desaparecimento da sustentabilidade e diversidade genética, muitas vezes fonte de exemplos para copiarmos uma solução sintética, artificial ou criativa.

Nesta ilha do Atlântico andamos distraídos e rapidamente nos esquecemos do 20 de Fevereiro ou dos mega incêndios. A meteorologia, com um radar, continua a dar falsos alarmes e a acostumar as pessoas a dar um desconto. Bastava salvaguardar os microclimas e orografias, para uma ilha pequena não dá trabalho. Estuda-se os ventos do aeroporto porque isso é mais sentido pelas elites e pela economia local, uma casa em terreno barato junto à ribeira ou zona de risco merece menos atenção, a não ser por propiciar um óptimo lugar para derramar betão que não corrige ou protege, atenta ainda mais pela segurança das pessoas. Só se verá no próximo dia de tempo severo.

Neste momento, a meteorologia dos dois lados do Atlântico e ilhas credíveis banhadas por ele, seguem com atenção algo completamente novo, estamos em presença de 5 temporais entre furacões, tempestades tropicais e ciclones.

Estamos a bater todos os anos recordes na meteorologia do Atlântico, sabemos, pelos indícios, que os fenómenos serão de cada vez maior intensidade, quantidade e área de cobertura. Aqui entra a Madeira e para além das catástrofes naturais, a tempestade Leslie mostrou que um furacão pode guinar para a Europa e a Madeira está na rota.

Quero recordar este boletim:

Mögliche Zugbahnen von Hurrikan LESLIE.

Furacão Leslie Número Consultivo 61
NWS National Hurricane Center, em Miami, FL AL132018
11:00 h AST qui 11 out 2018

11:00, AST (1500 UTC), o centro do furacão Leslie localizava-se perto da latitude 29,1 Norte e 38,3 Oeste. Move-se neste momento em direção ao leste-nordeste a 26 km/h. Este movimento geral com o aumento na velocidade de avanço ocorre com ventos máximos sustentados estão próximos dos 130 km/h com rajadas mais altas, na ordem dos 150km/h. Pouca mudança está prevista na intensidade da tempestade para as próximas 48 horas, mas o enfraquecimento é esperado no fim de semana. Os ventos com força de furacão se estendem até 45 km do centro e ventos com força de tempestades tropicais estendem-se até 390 km. A pressão central mínima estimada é de 978 mb.
O percurso estimado para o Leslie nos diversos modelos a 6 de Outubro de 2018


O aquecimento global está a provocar o aumento da temperatura dos oceanos, são eles que regulam em muito a temperatura, o clima e as tempestades, neste momento estão a diluir extensas faixas de água quente por outras zonas, criando uma massa completa e mais homogénea de água quente por todo o Atlântico e, é essa água quente que amplia o raio de acção dos fenómenos. Por esta razão digo que a Madeira anda distraída e, mesmo com o susto do Leslie, ainda não se convenceram. Andam nas políticas.

Para terem uma ideia, a 14 de Setembro, o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos tinha identificado vinte tempestades em pouco mais de três meses; uma temporada média produz doze tempestades em seis meses. Se isto for uma soma simples, servindo de base de diálogo, uma temporada terá por agora 40 tempestades em vez de 12? Significa que poderemos estar com zonas destruídas e vir outra tempestade a caminho? Dá para perceber a tragédia?

Nas próximas horas, teremos na Madeira, felizmente, um ténue "cheiro" de um dos cinco sistemas de tempestade tropical que estão em acção neste momento no Atlântico, outro recorde, maior número de ciclones tropicais observados na bacia atlântica ao mesmo tempo. A par disso, ficamos contentes com a água do mar na Madeira a 25ºC por nós e pelo turista, e ainda o aparecimento de apreciável quantidade de peixe, sem sabermos o reverso da medalha. É tipo a Estrada das Ginjas ... o caminho marcado para o desastre, o curso de temporais.

A Madeira tem que acordar para os factos climáticos.
As bocas do Presidente do Governo Regional não fazem qualquer mossa
no clima, este nem se importa com a figura e o cargo, passa-lhe em cima.

Com mais de dois meses de temporada de furacões no Atlântico, os meteorologistas dizem que a bacia provavelmente terá mais actividade para o futuro, se pensarmos de 12 para 40 e ainda perspectivam mais tempestades, dá para perceber o risco. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos informou que um padrão climático La Niña desenvolveu-se no Pacífico equatorial. O fenómeno La Niña é marcado por temperaturas anormalmente frias na superfície do oceano, que enfraquecem os ventos de oeste na atmosfera. Está longe mas anda tudo ligado! Este enfraquecimento leva a um baixo cisalhamento do vento vertical sobre o Mar das Caraíbas e a bacia do Atlântico, permitindo que as tempestades se desenvolvam, durem e se intensifiquem. Em Agosto, o Climate Prediction Center da NOAA actualizou sua previsão de furacões, seis deles podem ser grandes furacões de nível 5, será outro recorde.

Por aqui, a água quente do mar é como uma acção promocional sobre as tempestades, venham por aqui e desfrutem da MADEIRA TROPICAL. Tanto inventaram que vai ser um infeliz slogan.

Leslie, o primeiro aviso à Madeira.
Leslie, tivemos sorte, passou a norte.

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Quarta-feira, 16 de Setembro de 2020 14:22
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