T erra pequena, cabeças pouco arejadas, centenas de pessoas com horizontes vazios, um ecossistema perfeito para a pequena canalhice. O canalha insular não escreve libelos, não, faz do comentário afiado a sua arma de dissuasão. Vivemos numa sociedade doente, em que espezinhar o outro para obter o pequeno dividendo da satisfação do esfarrapado é lei.
Há organizações em que cada comentário é uma gota de fel bem destilada. Ninguém é imune, nem o Presidente do Governo Regional. O objectivo da pequena canalhice é quebrar a sanidade mental, é quebrar a vontade da vítima. Há estudos sobre o assunto, chama-se "agressividade passiva" e parece que tem muitos adeptos nesta terra, onde se deseja o pior ao outro com o mínimo de risco.
Isto não vai mudar, há especialistas na arte, eles até recrutam gente maluca para fazer o comentário sujo e imundo. Daí que quebrar o feitiço da maledicência exige tolerância zero com esses abutres, sejam os criadores, como os executantes. Porque há pessoas que orquestram rumores e boatos. E são gente muito venenosa, com egos muito doridos. Têm dores no corpo, na alma e no recto.
Sinto por vezes vergonha do que vejo e ouço. Não é só vergonha pelo mal que se faz aos outros, é vergonha alheia pelo mal que se faz a todo um povo. Temos condições propícias para arrancar uma nova forma de autonomia 2.0 mas isto não é uma autonomia, é uma estufa para parasitas.
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Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 16 de Setembro de 2020 13:34
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