Pelo site do CM, de vez em quando surgem textos que dizem muitas verdades sobre o PS mas ninguém atende. Há dias houve quem dissesse que as pessoas não querem mal ao PS, estão irritadas com o PS porque nunca chega a Regionais ao lado dos madeirenses e longe dos monopólios. Hoje sai nova sondagem com ligeiras melhorias mas que confirmam a quebra.
Ora, o líder do PS Madeira que não liga a sondagens nem à opinião pública tem uma sondagem produzida pela mesma empresa ainda pior.
Se Sérgio Gonçalves continuar a não ligar a sondagens, com esta segunda confirmação com variações residuais, para quem quer ser poder, afinal está a ser leviano e tem outros objetivos. Esta sondagem está para o PS como a crise climática está para o planeta. A última oportunidade para tentar a salvação. Ou alguém toma pulso e inverte a estratégia de cafofização do partido, ou estará condenado! 13 deputados fazem lembrar os comensais numa célebre Última Ceia.
Se as eleições na Região Autónoma da Madeira (RAM) se realizassem agora, a coligação PSD/CDS-PP venceria com maioria absoluta, com 50,1% dos votos, reforçando significativamente a posição face a 2019, enquanto o PS cairia para quase metade, segundo uma sondagem feita pela Aximage para o Jornal Económico/Económico Madeira.
Neste cenário em que sociais-democratas e democratas-cristãos concorrem coligados, conseguiriam mais cinco pontos percentuais do que os 45,1% que obtiveram nas eleições de 2019, que disputaram separados, negociando posteriormente um acordo de governação. Este resultado é, também, 10,27 pontos percentuais superior ao verificado pela coligação PSD/CDS-PP na RAM nas eleições legislativas de 2022, que o PS venceu com maioria absoluta, a nível nacional, mas em que foi o segundo mais votado na Madeira.
O cenário de uma coligação PSD/CDS-PP é o que se pode considerar central, já que tanto PSD como CDS-PP sinalizaram que se apresentarão coligados às próximas eleições regionais na Madeira, que deverão realizar-se em setembro ou outubro do próximo ano, prolongando a experiência do atual governo regional, em que os dois partidos participam.
Quatro cenários, PSD sempre à frente
A sondagem da Aximage avança com quatro cenários para as próximas eleições regionais e, em todos eles, o PSD sozinho ou em coligação com o CDS-PP vencem as eleições regionais com maioria absoluta ou muito perto disso.
Em todos os cenários, o PS sofre uma hecatombe, quer tenha como cabeça de lista o atual presidente do PS Madeira, Sérgio Gonçalves, quer apresente Paulo Cafôfo, atual secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, mas que presidiu ao PS Madeira e foi o cabeça de lista nas regionais de 2019.
Também em todos os cenários, Chega e IL elegeriam deputados, enquanto a CDU ficaria em risco de perder o seu único representante parlamentar, uma situação que o CDS-PP poderia também enfrentar, se concorresse sozinho.
Os dados mostram que, se as eleições ocorressem agora, o BE e o PAN também poderiam passar a ter representação parlamentar.
Nas últimas eleições regionais, de 2019, bastou 1,8% para eleger deputado, menos 0,2 pontos percentuais do que nas eleições de 2015.
No cenário que podemos considerar central, a coligação PSD/CDS-PP venceria com 50,1% e maioria absoluta, seguindo-se o PS, tendo como cabeça de lista Sérgio Gonçalves, com 18,6%, o JPP (10,1%), o Chega (4,1%) e a IL (3,3%). BE (1,9%), PAN (1,9%) e CDU (1,5%) ficariam no limite de ter representação parlamentar.
Isto significa que o PS, face às últimas regionais, desceria 17,1 pontos percentuais, perdendo quase metade da posição. O JPP também ganharia, quase duplicando, subindo de 5,4% para 10,1%, enquanto a CDU desceria de 1,8% para 1,5%, podendo perder o único deputado eleito.
Em sentido contrário, o Chega multiplicaria por dez a sua percentagem, passando de 0,4% para 4,1%, e a IL cresceria seis vezes, de 0,5% para 3,3%, passando ambos a ter representação parlamentar. O BE ganharia 0,2 pontos, para 1,9%, e o PAN 0,5 pontos, para 1,9%, o que lhes permitiria eleger um deputado cada, se o limiar fosse, como nas anteriores eleições, de 1,8%.
Num outro cenário da sondagem da Aximage, PSD e CDS-PP concorrem isolados e, neste caso, os social-democratas vencem com maioria absoluta, ao mesmo tempo que se regista uma acentuada quebra do CDS-PP, que arriscaria, mesmo, perder a representação parlamentar, caindo dos 5,7% das últimas regionais para 1,9%.
Chega e IL elegeriam deputados, enquanto BE e CDU ficariam no limiar da eleição de um deputado cada, e o PAN mais longe de conseguir ter representação parlamentar.
Neste cenário, o PSD venceria com 52,6%, seguido pelo PS, tendo como cabeça de lista Sérgio Gonçalves, com 17,3%. Segue-se o JPP (9,2%), Chega (3,2%), IL (2,5%), CDS-PP (1,9%), BE (1,9%), CDU (1,7%), PAN (1,1%).
PS sofre queda profunda,mesmo com Cafôfo
Um terceiro cenário envolve listas separadas de PSD e CDS-PP, mas com o PS a concorrer tendo como cabeça de lista Paulo Cafôfo. Os dados mostram que o PSD continuaria a vencer as eleições regionais, com maioria absoluta, ainda que com menor expressão, e que o PS continuaria com uma quebra acentuada. Chega e IL elegeriam deputados, enquanto o BE ficaria no limiar de ter representação parlamentar.
A CDU estaria em risco de perder o representante na Assembleia da Madeira e o PAN mais longe de conseguir um lugar.
Neste cenário, o PSD venceria com 48,3%, seguindo-se PS (20,6%), JPP (10,7%), Chega (3,5%), CDS-PP (2,4%), IL (2,2%), BE (1,9%), CDU (1,7%) e PAN (1,1%).
Um quarto cenário prevê o concurso da coligação entre PSD e CDS-PP, mas com o PS a ter como cabeça de lista Paulo Cafôfo. Aqui pouco se altera. Neste quadro, Chega, IL e BE elegeriam deputados, enquanto a CDU perderia a representação parlamentar.
O PSD/CDS-PP venceria com 48,1%, seguindo-se o PS (18,6%), JPP (11,4%), IL (3,6%), Chega (3,5%), BE (2,8%), PAN (1,6%) e CDU (1,2%).
Em todos os cenários, os indecisos representam, ainda, 7,1% dos inquiridos.
A sondagem foi feita através de 414 entrevistas efetivas a indivíduos maiores de 18 anos residentes na Região Autónoma da Madeira. Tem uma margem de erro – a 95% – de 4,82%.
Todos os elementos enviados pelo autor.