Mensagem para sua alteza

 

Vossa Digníssima Reverendíssima Majestade Paulo De Brito,

"- Foge, cão, que te fazem barão!
- Para onde, se me fazem visconde?"

É destes tempos que provém tal cachucho? 9 Leões! Que pujança, oh Majestade!

C umpre-me, Vossa Alteza, provindo da plebe, cumprir o obséquio de lhe zurzir os ouvidos e concentrar-lhe a iluminada atenção, pedindo desde já desculpas pelo incómodo causado. Vossa Alteza até permite tolerância política, religiosa e futebolística (esta, a coisa mais importante das coisas menos importantes). Vejam lá que bonomia!

Isso da ideologia de género é uma confusão científica, deixai, não se perturbai por isso.

Quanto ao Camilo, o próprio título já diz tudo. Há uma descontextualização gritante, temos muito a agradecer à resistência anti-fascista. Porque o caminho faz-se caminhando, é golpe a golpe que se constrói. 

Quer a Joacine quer o Mamadu têm os seus contextos e vivências pessoais, individuais e colectivas, o que atenua. Mas dos seus excessos resultaram consequências, da retirada da confiança política ao afastamento de cargos. Na extrema-direita tais excessos de intolerância são promovidos colectivamente. Percebe a diferença ou é preciso um desenho? Não estará você a violar o título do seu primeiro texto? A confundir a árvore com a floresta? 

Eu compreendo, deve ser de algo similar à Síndrome de Habsburgo, falta de diversidade genética. Depois, o caquinho sai assim, fraquinho… Daí resulta até a defesa de que criticar fundadamente um comportamento ou atitude incorrecto, inaceitável de um agente da autoridade resulta na perda do direito à segurança! Touché! Que maravilha da aplicação do Direito emanado de sua sapiência!

Digníssima Alteza,

Toda a gente está a perder, não são só os agentes de segurança e militares. Portanto, é necessária uma melhoria para todos. E é evidente que não vamos confundir a árvore com a floresta.

Passe bem.

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Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 22 de Novembro de 2022
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