Empresários, o que estamos aqui a fazer?!


Boa noite estimados do Correio da Madeira, desejo a publicação do meu texto, é a propósito de três publicações que li no Diário de Notícias, JM e no Facebook do Dr. Miguel Silva Gouveia. Obrigado.

O dinheiro público tem uma grande influência no tecido empresarial da Madeira, é o principal pagador. As preferências políticas do Governo Regional por certas empresas a quem adjudica com muita frequência é outro problema. Já tivemos um "Jardim" do Atlântico que limpou toda a liquidez da Madeira para fazer obras e ainda acrescentou divida quando não conseguia rapar mais. Os célebres "apoios" do governo é uma gestão de enganos, que são afinal empréstimos e quem decide são os bancos e não o GR. Agora, havendo dinheiro público até fazem aplicações financeiras em vez de pagar fornecedores, portanto o dinheiro dos fornecedores está empatado na Câmara Municipal do Funchal?

(...) malabarismo financeiro do actual executivo, ao colocar dinheiro em depósitos a prazo, à revelia das regras para as finanças locais, enquanto as dívidas a fornecedores aumentam. Na origem da controvérsia está a aplicação de 8 milhões de euros num produto financeiro a contratar a 90 dias, num processo opaco que não obteve a autorização nem da Câmara nem da assembleia municipal, ou tampouco tenha sido dado conhecimento a estes órgãos e sem ser submetido a um eventual visto obrigatório do Tribunal de Contas. Simultaneamente os vereadores da Confiança censuram que este orçamento apresente um aumento do endividamento total para 45,9 milhões de euros, com a dívida a fornecedores a crescer, a ocultação dos de informação sobre os processos judiciais que habitualmente constavam neste documento e a transferência de quase 1 milhão de euros para cobrir novamente os resultados negativos das empresas municipais onde se inclui a Frente MarFunchal. (...) Este orçamento está tecnicamente ferido com várias ilegalidades e, politicamente, constitui um monumento à falta de transparência, quando são utilizados expedientes com o objectivo de esconder a fraquíssima execução do plano de investimentos deste ano e diminuir o saldo de gerência e ocultar informação (...) Não pagar aos fornecedores para meter o dinheiro a render juros e ainda dizer que isso constitui um bom acto de gestão, é tentar passar aos funchalenses um atestado de iliteracia (...) (link)

Mas o que é isto, usando o dinheiro dos outros? Temos que respeitar tanta regra para concorrer, vemos tantos jeitinhos e depois fazem-nos isto? Depois de uma era de atrasos por falta de dinheiro agora os pagamentos vão continuar a atrasar porque esperamos pela maturação das aplicações financeiras? O senhor Pedro Calado aprendeu isto no Jorge de Sá? Quando usava os fornecedores para se financiar com faturas coladas no teto? Só lhe falta a reunião mensal num restaurante, deixe-me adivinhar, no Savoy Palace. É natural que se "matem e esfolem" em eleições para terem vencimento público e mexer nos dinheiros de todos, não eram pessoas para ter responsabilidade na privada, de privações para aguentar o negócio. Hoje acresce a criminalidade para ainda nos roubarem e você não faz nada, só paleio.

É indecente os empresários terem que ter tudo em dia para poder concorrer, ver as máfias dos concursos, mas terem de estar calados para não receberem represálias e, depois o essencial, receber o pagamento para honrar os compromissos, estar em ordem para concorrer a ouros concursos públicos ... que agora serão sabotados por adiamentos de pagamentos para que os senhores políticos façam aplicações financeiras?

Na resposta, Pedro Calado, presidente da Câmara Municipal do Funchal, considerou que a Coligação Confiança “não está habituada a uma gestão eficiente de recursos”. Calado explicou que o dinheiro foi aplicado numa conta a prazo uma vez que estão em causa projetos que beneficiam de fundos comunitários e que a CMF só pode pagar em determinadas alturas. “Em vez de ter o dinheiro à ordem nestes 90 dias que não podemos pagar, vamos fazer uma aplicação numa conta prazo”, afirmou, acrescentando que, desta forma, os 8 milhões vão render mil euros em juros e considerando ser esta “uma boa gestão dos recursos públicos”.

Para ganhar 1000€ em 8 milhões dá cabo da economia. E este é que devia de ir preso senhor Calado:

Link da Notícia

É cada vez mais difícil manter uma empresa, com tudo a inflacionar e os juros das contas caucionadas a subir (os juros que o senhor Calado recebe sou eu a pagar por fornecer?), mantendo os custos fixos em dia e os ordenados do pessoal, segurança social, ver isto provoca náuseas. O que andamos aqui a fazer, empresário é só para comes e bebes que paga a pronto, o resto morre, ninguém aguenta tanta crise uma atrás da outra. Este tipo de gente não sabe o que faz. É nojento! Para todos! Até para empresários do PSD mas da arraia miúda.

Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 22 de Novembro de 2022
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