Menos Polícias, mais criminosos!


M arta Freitas, a deputada do PS-Madeira na Assembleia da República (link) regozijou-se com o facto de que a Madeira vai ter mais 36 Polícias nos seus quadros. Se o anúncio do Ministro de Administração é de louvar, face ao momento atual de insegurança que se vive na Região, a crua realidade, é que com a saída prevista de 52 elementos da PSP, a conta de somar dá como resultado menos 16 polícias que vão zelar pela nossa segurança.

Embora Pedro Calado seja o menos culpado por esta situação, tudo isto significou que o seu apelo político caiu em saco roto. Não invejando o cargo que ocupa, a continuar assim, Pedro Calado vai-se safar de não cumprir mais uma promessa eleitoral culpando o Governo Socialista. Fica o reparo, pois o silêncio do Autarca sobre este assunto é ensurdecedor! Não se deu conta?

Com menos 16 elementos, será que vamos ter menos Operações Stop nas nossas estradas ou os operacionais vão ter de trabalhar mais para colmatar as graves lacunas no combate ao crime que é, como se sabe, o que mais nos preocupa no momento? 

O Ministério da Administração Interna já tornou público que a Madeira é uma das zonas do País que tem a maior densidade de Polícias por habitante. O que o Sr. Ministro da Administração Interna parece desconhecer é que temos também a maior densidade de criminosos por Km2, que vão desde políticos corruptos a ladrões, pedófilos e violadores que, com estas notícias, se vão sentir mais livres nas suas "atividades lúdicas".

Com mais, ou menos Polícias, o crime está aí aos olhos de todos. Cada dia que passa aumenta o tráfico de estupefacientes, os toxicodependentes nascem como cogumelos numa cidade que foi uma das mais belas e seguras da Europa.

E não são apenas os cidadãos, que pagam honestamente os seus impostos para viver em segurança, que se queixam. Cada vez mais aumenta o número de turistas que sentem na pele a insegurança daquela que foi o melhor destino insular da Europa. Os empresários da baixa andam a se roer, para não explodir, mas também estão saturados disto.

Sair à noite para tomar um copo deixou de ser um prazer para ser um ato de heroísmo, é rara a vez que não te abordam e, cada vez, resmungam mais feio para ficar a situação tensa de ver quem chega a vias de facto, o cidadão que vive contado ou a autoridade da pedincha para o vício. Ainda no outro dia, as Redes Sociais anunciavam assaltos na baixa do Funchal efetuada por um grupo violento que falava espanhol, numa alusão implícita a imigrantes venezuelanos. A continuar assim, esta situação acabará por contribuir para o crescimento da xenofobia e do racismo, numa ilha que sempre se orgulhou por receber bem os de fora.

Sou do tempo em que a pancadaria entre jovens não passava de uns socos e de um par de estalos, agora a violência toca o extremismo da racionalidade, com o recurso a armas brancas e a atos muito perto da barbárie.

Por tudo isto pede-se, aos profissionais que chegarem, o sacrifício de zelar pela nossa segurança e apenas pedimos que acreditem que no meio de tantos criminosos ainda existem cidadãos pacatos, honestos e honrados.

Se bem que a atividade criminosa esteja na alçada da Polícia Judiciária, a vigilância e manutenção da ordem pública cabe unicamente à Polícia de Segurança Pública e todos sabemos que sem ovos não se pode fazer omeletes.

Obrigado Sr. Ministro!

Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 7 de Novembro de 2022
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