O Irão vs Madeira


Irão: morrer por causa de um trapo na cabeça

Por estes dias dá-se um verdadeiro movimento de emancipação das mulheres, alguns pensam ser os únicos que conhecem a verdadeira interpretação do Islão.

A 13 de setembro, uma rapariga chamada Masha Amini foi presa pela Polícia da Moralidade no Irão por “vestir roupas inadequadas” e morreu três dias depois num hospital vítima dos maus tratos por aquela polícia. Desde aí assiste-se ao degradar do ambiente naquele país com o coro de protestos a avolumar. As manifestações começaram após o funeral de Masha Amini, com várias mulheres a abanar os "hijabs" enquanto gritavam “morte ao ditador” referindo-se ao Líder Supremo, Ayatollah Ali Khamenei.

Quando vamos àqueles países "aturamos as esquisitices" mas quando acham que vão impor a mesma situação no estrangeiro, os caprichos da religião não cabem. Há demasiados loucos no mundo que passam fronteiras e é muitas vezes aí, em choque com o mundo ocidental e por comparação, que se produz o ridículo, o que nos faz lembrar o que foi a nossa ditadura mas também como está a Madeira, nessa mesma vertente religiosa, rabos de saia do nosso poder, a tentar manobrar as cabeças para um regime.

Ontem, à margem das reuniões nas Nações Unidas, em Nova Iorque, onde se deve promover tolerância, em plena fase de convulsões no Irão com manifestações por todo o país, deu-se um caso com a CNN, que naturalmente se espalhou pelo mundo em minutos. A jornalista Christiane Amanpour, bem conhecida até se você só faz zapping, que é Embaixadora da Boa Vontade da UNESCO, teve um diferendo com o Presidente do Irão, Ebrahim Raisi, por este exigir que na entrevista a jornalista se deveria "vergar" a usar "um lenço na cabeça".

Ora esta imposição e intolerância dá-se em Nova Iorque, nos Estados Unidos, e invoca a parcialidade com que ele próprio, Presidente do Irão, mas também a Polícia da Moralidade e o Líder Supremo, Ayatollah Ali Khamenei estão a levar a investigação do caso que provoca convulsões no Irão. Em causa própria. A morte de Amini alimenta uma onda de raiva sobre as restrições às liberdades pessoais das mulheres que, nestes últimos anos, mostram que um número elevado de iranianos não quer a obrigatoriedade do véu islâmico.

O cancelamento da entrevista ao Presidente do Irão, Ebrahim Raisi, que deveria ser consumada pela jornalista da CNN Christiane Amanpour foi um verdadeiro tiro nos pés, seguindo-se uma frase chave, "Estamos em Nova Iorque, onde não há lei ou tradição sobre lenços na cabeça. Nenhum outro presidente iraniano exigiu isso quando realizei entrevistas fora do Irão". Amanpour e a sua equipa afastaram-se, dizendo que a repórter não podia concordar com "essa condição sem precedentes e inesperada". Fundamentalismo.

O moral da história é que deves ter cuidado quando o poder te sobe à cabeça e achas que vergas toda a gente, basta saíres do teu reduto, onde as pessoas acatam, para perderes o pedestal. Os teus caprichos e a religião de nada valem fora do teu reduto. Abrir horizontes mata o abuso de poder usando a religião.

Eu não consigo deixar de pensar no Bispo do Funchal a fazer política em prol do PSD Madeira, não consigo deixar de pensar em como os ladrões da Zona Franca foram contrariados pela Europa, de como Welsh e Canha ganharam em tribunal isento, de como o jornalismo da Madeira trabalha para os "líderes supremos" desta terra, roubada em permanência e que produz pobres, ameaçados com "um véu islâmico". De maneira que, quando achares o Irão uma terra ultrapassada pelos tempos ... AVALIA A TUA MADEIRA! Já é tempo! O mesmo medo, a mesma religião e a mesmo abuso de poder que também quer vergar os outros às regras da ilhota. E já agora, "os amigos do Irão" que para cá vieram viver, também deveriam ser metidos na ordem porque trouxeram maus vícios que se espalham a olhos vistos por cá ...

Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 24 de Setembro de 2022
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