O Parque de Estacionamento vai ser uma realidade!


Q uem passou hoje pela Praça do Município, deu pela presença de uma grande escavadora a proceder à escavação da obra para o futuro parque de estacionamento prometido por Pedro Calado, se for eleito presidente da Camara no dia 26 de setembro. 

A azáfama do evento despoletou a curiosidade de vários turistas e residentes que assistiram ao espetáculo de engenharia. Os trabalhos causaram indignação num grupo de fiéis que costumavam assistir à missa na Igreja do Colégio, visto estarem impedidos de estacionar lá o carro.

Segundo o candidato, o projeto, além de oito andares subterrâneos para automóveis, foi calculado para dez mil e quinhentas viaturas, sendo 850 deles reservados aos funcionários da Camara, e 100 para a Fundação Social Democrata. Está previsto um espaço de lazer subterrâneo com bilhar, restaurante, cabeleireiro, lavandaria undershore e ainda um sex shop take-away para os deputados municipais.

Visivelmente satisfeito, o candidato adiantou que o acesso ao parque será por um elevador robotizado que automaticamente reencaminhará as viaturas para os espaços livres e, sem ninguém lhe perguntar nada, acrescentou que o projeto no valor de 850 milhões de euros será cofinanciado pela União Europeia e pelo Estado Português mas, que António Costa ainda não sabe, mas espera que desta vez o primeiro-ministro não fuja às suas responsabilidades visto estar em causa o princípio da continuidade territorial.

Há muito que paira no ar a pergunta se o estacionamento subterrâneo vai ter bombas suficientes se acontecer um 20 de fevereiro. O candidato respondeu logo que estava à espera dessa pergunta, mas que está preparado um plano de contingência por duas fases, espera-se que os carros subam a boiar até a superfície ou então abre-se o canal a ser construído diretamente para a Ribeira de Santa Luzia. Ao que parece, a água só terá um sentido.

O Correio da Madeira ainda perguntou onde iam deitar os milhões cúbicos de terra, ao que o candidato respondeu a sorrir que era para mais uma promessa que ainda estava em segredo. Pressionado pela curiosidade dos jornalistas, acabou por confessar que a terra seria para um campo de golfe a construir em frente ao Forte de São Tiago.

O candidato justificou que o início precoce das obras foi necessário porque, para cumprir todas as promessas que fez, os 1460 dias de mandato não chegam e por isso mandou já avançar as máquinas da AFA para ganhar tempo.

Questionado se seria ilegal começar a obra sem concurso público e Visto do Tribunal de Contas, o candidato respondeu “Mas, qual é o problema?”