Q ual gato com sete vidas José Manuel Rodrigues reinventa-se uma vez mais para assegurar um lugar na política que se faz aqui na Região. Há que lhe reconhecer a resiliência. Tem sido assim nos últimos 27 anos. Um sempre em pé, que se segura sempre na onda do quotidiano político madeirense.
É uma figura omnipresente na politica regional nas últimas três décadas. O jornalista que apresentava o Telejornal, trocou as lides televisivas já no século passado e “casou” com o CDS para a vida. Se fosse casamento civil já tinha feito as bodas de prata.
José Manuel Rodrigues liderou o CDS nos tempos difíceis do Jardinismo onde ser da oposição significava ser vilipendiado e humilhado em ritmo diário. Os centristas bateram-se por causas que, algumas vezes, iam contra a narrativa da asfixiante maioria laranja.
Os últimos tempos foram marcados pela aproximação ao PSD numa ocasião em que José Manuel Rodrigues poderia ter feito História ao tirar o tapete ao PSD e permitir a governação ao PS de Cafofo. Ninguém sabe no que daria essa alternativa, mas a verdade é que José Manuel Rodrigues (JMR) impôs ao PSD o seu lugar como Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, um sapo enorme que os laranjas tiveram de digerir. Ainda há no PSD quem tome Rennie para digerir esta chantagem centrista.
No lugar mais importante da nossa Autonomia, JMR assistiu impávido e sereno ao desbaratar de um património de oposição de décadas, vendo as bandeiras do partido a serem esfrangalhadas numa coligação de interesses que soube distribuir bons tachos para os agora obedientes e recatados centristas. Viu Lopes da Fonseca a defender com garbo todas as iniciativas do PSD. Na Assembleia todos comentavam que o professor de filosofia era mais papista que o Papa, na defesa dos interesses do PSD. “Isto é sagrado!”, colou-se-lhe politicamente, quando defendia o ferry entre a Madeira e o Continente. Depois foi o que se viu…
Vendo o ciclo a se fechar com o mais curto governo da Autonomia, onde uma vez mais impôs o seu lugar de Presidente da Assembleia, JMR dá mais um salto em frente, agora para pegar no desacreditado CDS de Barreto e Lopes da Fonseca. Fez a leitura política da situação e até já “piscou o olho” aos fascistas do Chega, seguindo a narrativa de Albuquerque. Não há bandeiras vermelhas quando o objetivo é o poder.
“Em nome do Futuro” é a Moção de estratégia do agora líder do CDS. Diríamos melhor, “Em nome do (meu) futuro”. É isso que está verdadeiramente em questão!
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 14 de abril de 2024
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