Grupo de descontentes invadiu a Quinta Vigia


Q uem passou esta tarde na Av. do Infante não deixou de reparar na azafama de polícia junto à Quinta Vigia. Segundo soubemos por um transeunte que por acaso passeava o cão, o protesto estava a ser preparado há várias semanas no WhatsApp por um grande grupo de madeirenses descontentes. O objetivo do grupo era ocupar os edifícios públicos dos três poderes na Região Autónoma da Madeira, mas como na Madeira os três poderes não existem, decidiram invadir e acampar na Quinta Vigia.

Na confusão gerada pelo melhor lugar para acampar gerou-se algumas cenas de pancadaria entre os manifestantes e o responsável pela segurança da presidência que até perdeu o lacinho. Os poucos jornalistas presentes, que não estavam entretidos a fazer “likes” nos “posts” do Governo Regional, questionaram a passividade da polícia.

João Jardim, o melhor comentador político da RTP-Madeira, mostrou-se visivelmente agastado porque no tempo dele, sempre que alguém protestava levava um arraial de porrada da polícia e que por isso acha que a polícia está a perder a masculinidade.

Perante a alteração da ordem pública, a coordenadora do Ministério Público na Madeira confessou aos jornalistas que vai aguardar que os 60 mil processos de violência doméstica pendentes sejam julgados no Tribunal para daqui a 20 anos começar a investigar os casos de corrupção que entretanto não prescreverem.

Entre os inúmeros populares, encontramos inúmeros militantes do PSD-Madeira, que nos confessaram que o objetivo do protesto era derrubar o governo corrupto de Miguel Albuquerque e colocar lá o imaculado Pedro Calado, mas que depois do bufo do Sérgio Marques ter posto a boca no trombone decidiram-se pelo ilustre deputado porque foi o único que, num dia de lucidez, fez tremer a corrupção na Madeira.

Para quem não se lembra quem é Sérgio Marques, recordemos que foi Secretário Regional do Equipamento Social e, que tal como Amílcar Gonçalves, foram postos a andar pelas Construtoras porque usavam o cérebro e faziam muitas perguntas.

Miguel Albuquerque, mentalmente ausente em parte incerta, já se mostrou indignado pelo que considera um grande atentado à democracia e lembrou que quem manda na Madeira é ele, porque está mandatado para isso, quer queiram quer não.

Entretanto os 900 tachistas deste Governo Regional estão a organizar uma contramanifestação porque já se aperceberam que se o Governo cair eles perdem o tacho.

Ao fim da tarde, o Grupo Café do Teatro informou que vai estar presente na concentração e que, além das barracas de comes e bebes, vai montar um palco. A noite será animada por um DJ residente e ainda por Miro Freitas que cantará o seu grande êxito “Let’s Play”.