Distinção Correio da Madeira: Empresário

 

A vançam sem "negócio feito" ou concessionado com investimento público, usam capitais próprios e com as suas garantias em empréstimos, nunca contam nem suportam os predadores que instruem a preço de ouro as candidaturas a apoios normalmente obscuros.

Os micro empresários nunca "choram" por subsídios quando a conjuntura corre mal, como nos casos de empresas do regime onde todo o negócio tem o investimento público, rendas certas com contratos com o GR, o privilégio de acesso ao poder por financiarem campanhas eleitorais e distribuir dízimos sob qualquer forma, etc. Empresas familiares que sobrevivem em luta com grandes superfícies que cresceram desregradas matando o comércio tradicional, vítimas de governantes que não souberam olhar como outros mercados pequenos fizeram para conceber uma harmonia na economia, nos vencimentos e no direito a tempo livre com as famílias. Que lutam com IVA a 22%, muitas vezes maior do que a sua margem de lucro que tem de pagar os custos fixos, fazendo do Estado o verdadeiro empresário que lucra com o investimento dos outros mas que, quando as coisas não correm bem, e porque são micro empresários, não são atendidos a recuperar as suas vidas.

Os micro empresários que lutam contra a concorrência desleal de gente que não paga a segurança social e é perdoada, que têm gabinetes e esquemas para fugir a impostos, que são tratados fora da tabela seca dos bancos, que encontram celeridade porque para eles a burocracia não existe. O micro empresário que aguenta os aumentos dos custos da eletricidade e os custos "pornográficos" no transportes de mercadorias sempre com medo de aumentar preços e perder a clientela, os que veem trato desigual com a ARAE, a serem de exemplo para mostrar trabalho na máxima "forte com os fracos".

Os micro empresários que sacrificam as suas famílias para honrar os seus compromissos financeiros, tornando o seio familiar uma incógnita de rendimento disponível, sobretudo nesta onda de crise após crise, de inflação, subida das taxas de juro e onde os apoios do Governo Regional nada lhes diz, até porque são mais empréstimos e não ajustes diretos como muitos amigos recebem. Uns até lhes dá para ser mecenas e com caridadezinha cínica.

O micro empresário dá a cara e atende pessoalmente, não comunica só por site que só prevê o que importa na parte comercial, não omite contactos tornando-se impessoal ou evita de tratar os assuntos que ocupam tempo a resolver, não tem equipas formadas para dissuadir e cansar o cliente, não tem malícia pré-concebida para os casos.

Os micro empresários nunca são reconhecidos por ninguém, porque até os prémios são um negócio para alguns que, dos micro empresários, não esperam tirar lucro. No entanto, o conjunto dos micro empresários salvam as contas do desemprego e de ainda piores números na pobreza. Quando um micro empresário cai não há contas no off shore, cai toda a família com ele.