Não podemos ter uma empresa com influência no funcionamento
de todas as outras, famílias, justiça, instituições em
geral a funcionar desta maneira. Generaliza-se o mau funcionamento
de todos... pendentes de um!
É ideia generalizada de que os Correios de Portugal foram a pior privatização de sempre em Portugal. A gestão mercantilista das cartas e encomendas gera a disfunção geral de todas as instituições e famílias. Todos os prazos esfumam-se e é dado adquirido que em muitos lugares começam a perdoar atrasos por conta dos correios mas isto não está certo. Tanto joga a favor como contra. Com os CTT somos um país adiado?
A Justiça já está perra e as autoridades policiais e criminais também, agora com os correios digamos que passamos ao "fabuloso". Os reformados que ainda recebem por correspondência, e não são poucos, não veem o dinheiro que lhes mantém a vida chegar. Cartões de crédito e débito não aparecem, alguns são cancelados pelos prazos de segurança dos bancos antes que cheguem ao cliente. Prazos de reclamações e pagamentos são ultrapassados. Os juros de mora aumentam. Nas encomendas, as empresas vêm os clientes a desistir das mesmas ou o cliente final arranja alternativa para o momento da necessidade. É impossível descrever todas as situações.
Soube de fonte interna dos correios, na Madeira, que de facto o serviço piorou com a chegada do merecido tempo de ócio. Ninguém aceita empregos temporários para cobrir as férias dos carteiros a tempo inteiro, assim, por estupidez na gestão, preferem deixar uma, duas, três semanas, um mês sem correio na zona, em vez de criar um plano de contingência com os carteiros ao serviço, passando por alguns dias da semana num lado e outros noutro. Se cada carteiro fizer 2 dias úteis em zona alheia e 3 na sua, duplica-se a área coberta e não se deixa crescer esta animosidade contra os carteiros, que até nem têm culpa, mas são a cara de uma administração incompetente.
A privatização correu tão mal que é ridículo as autarquias e o governo regional arranjarem soluções para espaços dos CTT, a privacidade e a violação da correspondência agora andam em pontos de serviço em qualquer lado. Qualquer dia a política toma conta da correspondência... O Estado que se desfez dos correios intervém na gestão com espaços quando agora é privada. Prova de que não deveria ter sido privatizada!
Com a internet os correios tiveram de se reinventar, dedicaram-se à banca e parece que se esqueceram do seu maior objeto social, a regra de natureza económica a que os sócios ou gestores se propõem dedicar e que define o CAE: a correspondência e encomendas. Dizem muitas vezes que, quando se fecha uma porta se abre uma janela e a dos Correios de Portugal foram as encomendas, consequência das lojas online de qualquer parte do mundo. Os Correios de Portugal têm a capacidade de tornar o país disfuncional e com mau nome no mundo. Mais uma vez ninguém ataca o problema e ele está sempre a crescer.
Segunda-feira, 18 de Julho de 2022
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