O caso Francisco Franco

 

A autonomia das escolas é um bom indicador da qualidade de uma democracia. Um regime democrático respeita a autonomia dos estabelecimentos de ensino, mas na Madeira acontece exatamente o contrário: o governo regional interfere na gestão, favorece as direções subservientes (Francisco Franco) e persegue as incómodas (Curral das Freiras, O Moinho).

O afastamento da diretora Isabel Jorge do Infantário O Moinho, no Porto Santo, foi um caso evidente de perseguição. As razões para a punição da antiga diretora não eram lícitas e em 2018 os tribunais condenaram o governo regional. Porém, Isabel Jorge nunca foi reconduzida no cargo e o seu infantário foi fundido com outra escola.

O mesmo aconteceu com a Escola do Curral das Freiras. A portaria que procedeu à reestruturação transferiu as suas atribuições para outro estabelecimento e impede o regresso de Joaquim Sousa ao seu cargo. O antigo diretor fala em represália e aguarda a decisão dos tribunais.

O caso da Escola Francisco Franco é o oposto, porque a sua direção tem sido injustamente favorecida. A tutela consente o regulamento de matrículas ilegal da escola, que permite a escolha dos alunos com melhores médias e dá prevalência aos alunos do Caniço, com prejuízo de Santa Cruz. E a mesma tutela encobriu a nomeação fraudulenta da direção, que tanto desprestigia a escola e já foi condenada pelos tribunais.

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Terça-feira, 15 de Setembro de 2020 22:26
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