Medalhas para usar com orgulho


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N oticia o JM que o Orçamento Regional acolhe medidas de toda a oposição exceto do JPP e do PS. Ao invés do que pretende a notícia, este facto, encerra em si próprio todo um ideário de oposição que não foi desbaratado pelo canto do “sereio” Jaime Filipe Ramos, o homem que mexe na penumbra os cordelinhos da política regional, a eminência parda do regime.

Explico, há uma semana que na apresentação do Programa de Governo este documento acolhia as propostas de toda a oposição, num documento que Jaime Filipe sentenciou como o mais democrático de toda a história da Autonomia. Fizeram questão de salientar isso, um engodo programático para agradar a todos, na esperança de que o documento passasse. Nos bastidores, outras negociações iam sendo cozinhadas, com o resultado de todos conhecido.

Ora, surge a agora o documento que autoriza a despesa, que quantifica aonde vai ser gasto o dinheiro de todos nós. Aqui chegados, apresentam com orgulho que neste Orçamento não cabem as propostas do JPP e do PS porque recusaram-se a participar no cozinhado politico que todos assistimos. Há uma semana eram propostas válidas, dignas de incluir no Programa de Governo, agora já não prestam. Uma contradição insanável, pois se eram válidas há uma semana, não deveriam ter perdido a validade e credibilidade numa semana. Bem revelador da forma como se faz a política por cá, pondo sempre à frente os interesses do partido, esquecendo o povo que os elegeu.

É óbvio que quer o Programa de Governo, quer o Orçamento vão fazer tábua rasa das propostas de oposição. Uma coisa é inscrever no orçamento as medidas da oposição (exceto JPP e PS), outra coisa, que faz toda a diferença, é executá-las. O tempo vai dizer a sua verdade…

Ficamos assim esclarecidos quanto às reais intenções do PSD. Se as medidas da oposição eram aceitáveis para integrar o Programa de Governo, porque é que volvidos pouco mais que uma semana deixaram de o ser?

Esta retirada das propostas de JPP e PS, são medalhas de literacia politica que estes partidos devem orgulhosamente usar ao peito. Quanto aos que por omissão (IL, Chega-Magna), por interesse (PSD e CDS) viabilizaram o Programa de Governo, abrindo caminho à apresentação do Orçamento, a História há de julgar esta decisão ao caucionarem um governo ferido mortalmente na credibilidade pela figura que o vai liderar, o arguido Miguel Albuquerque.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 8 de julho de 2024
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