O escrutínio sobre os que perdem há 47 anos, sem suspeita sobre os vencedores.


O diretor tem memória curta, talvez porque apagou dela quando era jornalista de uma empresa perseguida pelo Governo Regional, e que foi perdendo sempre, até se entregar ao poder que sempre trabalhou para esse desfecho, durante anos, com outros operacionais no terreno, aquilo que se calhar o diretor hoje em dia faz para outros perderem. O diretor adaptou-se e agora o heroísmo reside na opção que lhe dá sobrevivência, comungando quando aparece o exemplo de outros, sem o ser e sem ter ido à confissão.

Peço a inclusão do ficheiro áudio e comentário:

Uma nota de estupidez geral, a comunicação social inibe as partilhas por "incorporar", isso continua a marcar visualizações para o original, se calhar não querem mesmo ser vistos mas cumprir ... O meu escrito reporta-se a um podcast que, por sair no CM, será ouvido, mas que importa registar, aquele periódico muito omite para depois ter o ambiente de sobrevivência enquanto noticioso do poder e dos seus proprietários. Link original.

É verdade que a oposição não ganha há 47 anos e muito se deve às toupeiras que o PSD coloca naquele partido a soldo de aprovações, licenças, concessões, tachos, empregos, rendimentos e promessas. O PSD também faz promessas à oposição, uns já têm o seu tacho ou subsídio, as licenças, adjudicações e concessões são episódios mais antigos.

De momento, a oposição à oposição é mais com contestatários instrumentalizados, toupeiras ou não. O interessante dos nossos dias, é que mais uma vez o pode atua, desta feita no interior do próprio partido. Se estamos em democracia, o escrutínio deveria ser muito mais sobre quem tem o poder, na Madeira, no entanto, fica mais fácil e seguro fazê-lo sobre a oposição, é menos arriscado para o estado de graça, portanto, o jornalismo também destrói a oposição em vez de noticiar em pé de igualdade. 

Parece que ninguém acha anormal 47 anos de poder e as derrotas das oposições, até internas no partido, através de cobranças de favores para obter votos e, os corajosos que ainda assim, no seio do poder, querem mudar alguma coisa, são os visados (link #1, link #2). São tempos de Bentley, não é boca ao diretor, é boca para todos os jornalistas que encontram o seu momento Bentley.

Sem a Justiça a fazer o seu trabalho, sem uma ERC atuante, sem o Mediaram, sem a publicidade sem efeito mas que paga, sem este conluio jornalístico que deixou de explorar as desventuras do poder e dos oligarcas, sem a exploração da investigação judicial, sem tanto trabalho que não se faz, fica fácil falar sobre um surrealismo criado em benefício do poder. É interessante perceber que o jornalismo vai cair com o poder. Já agora, sem uma palavra de apreço aos jornalistas que no continente fazem o contrário da Madeira, não nadam em dinheiro mas fazem notícias, é mais uma omissão para não ser mortal.

Que Manuel António Correia nunca seja nada, porque mais uma vez o diretor vai se adaptar, fazendo a figura de qualquer CDS antes e depois do poder, mas era bom perceber que de tanto se adaptar fica sem pé como o CDS.

Dentro de mais algumas horas o Presidente da República, cada vez menos confiável, vai se pronunciar sobre a Madeira, quando o PSD-M tudo faz para não ir a votos, o que pode tornar um caso que aparece hoje no JM, de saneamentos por conta dos saneados sob o anonimato do coletivo de quem manda no PSD um tiro de pólvora seca (link #1link #2), um desejo de represália para aqueles que vencem mas ficam com azia por saberem que a vitória é só um até já. O PSD estará na pior situação de sempre para Regionais mas arrogantemente atira "azeite a ferver" sobre quem fala diferente (link). É disto que o diretor não fala, num exibicionismo de quem por ventura ficou totalmente dependente do poder porque se associou ele. Da maneira que um dos proprietários já se manifestou, qualquer dia as culpas desta orientação ou melhor desorientação vai recair no mexilhão.

O jornalismo tem um quadro de proteção que não usa, é mais fácil se dedicar ao poder político e económico. Sente-se mais protegido por oligarcas do que pela lei do país, se calhar é por isso que branqueia tanto aqueles que promove e continua a promover, gente que não é exemplo. Assim o jornalismo está do lado negro da história da Madeira.

Será que, em ambiente livre de toupeiras, os democratas que perdem tomariam a mesma decisão do que a direção do PSD, um dia, para desarmar esta "organização eleitoral" que faz vencer o mesmo? Penso que não, exigiriam mudança dentro de um quadro de liberdade que agora não têm. Se calhar é por isso que alguns sentem-se seguros a escrutinar qualquer oposição e nunca os tentáculos do poder que agora atuou dentro do próprio partido. Um pormenor, o exemplo entre companheiros de partido, uma ligação mais forte com jornalistas, diz bem o que faz o poder quando não precisa ou é ameaçado democraticamente. Só há um caminho agora, bajular sem fim e cair com o poder.

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 23 de março de 2024
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