O DN bate no fundo e não foi atirado pelo deputado.


Os jornalistas talvez não notem ou não queiram entender, mas muitos leitores sabem perfeitamente o que se está a passar, há muitos silêncios e jogos de cintura, uns rejeitam e outros embarcam, mas todos sabem o que se passa na Madeira. Antes houve um outro grupo económico, da família Blandy, que soube durante mais de um século estar com discrição nesta área de negócio (apesar dos delírios políticos de Jardim) que é a Informação. Provavelmente pela natureza dos seus negócios e não dependência de subsídios estatais, a família Blandy conseguiu manter uma postura idónea. O assistencialismo aos novos proprietários ao longo de décadas é reconhecido por todos os madeirenses livres. Sem o GR, desde sempre nas mãos do mesmo partido, não teriam crescido

Por vezes, vemos textos inflamados que parecem ter intenção de impressionar ou amedrontar, fugir do debate e instrumentalizar a Justiça é outra forma para fazer atenuar a atenção sobre o que importa. Pelo que se percebe, a ERC voltou a funcionar e a não dar razão ao nosso DN, que teve de publicar um direito de resposta para, logo no fim, receber um comentário onde a EDN (empresa do DN) encarregou o seu departamento jurídico na avaliação ilícitos (link). Segundo a empresa do DN pode haver ilícitos no comentário, ou seja, "delito de opinião"? Percebe-se que esta contenda não vai terminar, até porque estamos perante o problema da Madeira e dos madeirenses, com mais eleições à porta. O DN deixou de estar naquela posição muito cómoda de dar notícias sem tomar posição ou "partido", mas dando a palavra a todas as partes. Os jornalistas do DN estão entalados entre os "oligarcas", o GR e a dependência enquanto funcionários. O DN  por mais que faça jogo, a população sabe que foi transformado num apêndice do poder económico que comanda o poder politico, e há um partido a tirar partido disso.

Há vaidades, demonstrações de força, mas o branqueamento de imagem que resulta ao contrário. O pior erro que as oligarquias cometeram foi pensar que controlando todos os média iriam controlar a população e o resultado das eleições. Está-se a tornar um calcanhar de Aquiles exposto em todos as oportunidades, deslizes e tentações. O que se está a passar é que estão a colocar os média sem influência e a decisão da opinião global nas mãos das redes sociais e blogues. É doloroso ver muitos comentários que surgem em notícias nos nossos órgãos de comunicação social.

Os diretores devem se preocupar em não cair na situação de "testa de ferro" dos proprietários dos médias, apesar de reconhecer que é difícil quando se é empregado. Há legislação para proteger e são momentos únicos para alguns colocarem o seu nome na história da Liberdade de Imprensa.

Alguém de boa fé e com raciocínio livre deve mostrar o que se vê cá fora, o jornalismo está cada vez mais o gosto de diretores fragilizados em vez da imagem de pluralismo. Há "horas de burro" para todos, são tentações do quero, mando e posso, desde que aquele periódico passou a ser detido pelos dois grupos de alcance económico, o DN passou a ser uma espécie de caixa de ressonância da família económica.

Aquele tipo de resposta no fim do direito de resposta, não é uma demonstração de força, mas uma prova de fraqueza, é o Diário a bater no fundo porque não se coloca na posição independente do jornalismo e toma posição em favor dos proprietários. Ainda hoje, o texto do subdiretor do mesmo titular, a afirmar que a Região tem os combustíveis mais baratos do país, ignora os postos low cost. Tipo os LIDLs dos combustíveis que, com certeza, também nunca entrarão cá. Em relação aos Açores, nem uma palavra, nem tão pouco ao preço do gás, bandeira do partido que está em litígio com o DN. O Diário foge do assunto como o diabo da cruz. A Madeira está a esquecer-se dos madeirenses.

Para mim estas situações são muito fáceis de decidir quem tem razão, a pergunta é quem faz o seu trabalho e quem não faz? A resposta diz-nos quem não está bem, aliás, a ERC confirma. Que esta situação pare para o DN pensar um pouco, porque se continua a haver decisões negativas contra o Diário, a ideia da generalidade dos madeirenses vai se cimentando, por mais que lutem com inovação e eventos, afinal o objeto é a notícia...

Não há quem pegue no DN e o liberte dos Oligarcas? Para voltarmos a ter a versão Blandy dos mesmos jornalistas.

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 30 de Dezembro de 2023
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