Desordem e decadência.


O DN-M de hoje reporta que há cada vez mais desobediência às autoridades, a condução sem carta e sem seguro, alcoolizados. Depois fala de multidão que fechou o Poiso para acrobacias ilegais com automóveis, salientando que o Parque Industrial da Cancela também é usado para o efeito.

Pergunta: que volta deram as pessoas que precisaram de usar aquela via, a do Poiso, para ir para norte ou sul, no seu pleno direito de circulação, com impostos pagos, inspeção feita, seguro em dia, carta de condução em vigência e que conduz com bom senso.

Nada disto é estranho para a classe docente, que percebe que os seus relatórios para nada servem e que a classe política em vez de meter ordem nas escolas, tenta agradar os votos da maioria, alunos e pais. No princípio parece popular, depois instala-se a sociedade sem regras com as novas gerações. Perdemos estadistas, agora é só gente fraca com tachos que manda. Num breve olhar ao mundo, podemos ver o que significa gente sem formação para a responsabilidade que o voto lhes atribuiu. Basta ver nos Estados Unidos como um criminoso tem tantos seguidores, capazes de destruir o seu país e dando cabo do mundo, ao furtar-se das suas responsabilidades, ou melhor, compactuar e elogiar ditadores. Democracias entregues a bestas é um grande risco, são presas fáceis dos imperialismos e ditaduras. A Madeira também criou gerações de gente sem o aperto da exigência, que não respeita nada e que vão tornar o ambiente social num inferno.

A tolerância que as autoridades demonstram com o barulho que não deixa as pessoas dormir na Zona Velha, as corridas de motas e carros na Via Rápida, os senhores da droga e as elites do carro preto que não se toca, as exceções aos meninos da elite, mas também os que são apanhados e postos fora pelo Tribunal, são a ignição para a depravação total da sociedade que também acha que pode gozar das mesmas "regalias".

Quando uma Polícia se torna "Política" e escolhe seletivamente em quem "tocar", para não lhes trazer dissabores maiores, perseguições e afetação dos rendimentos, mais tarde colhe destas situações de desautorização. Todas as profissões que se deixam apanhar pela política estão condenadas, fala-se muito de jornalistas porque é descarado, mas há muitas mais.

Todas as polícias precisam de ser purgadas, fazer rodar gente, e a fresca deve se dar ao respeito, porque primeiro são os protegidos que não se toca, depois os abusadores e levianos que lhes seguem o exemplo, depois vêm as pessoas decentes indignadas, fartas de serem abusadas nos seu direitos básicos de silêncio para descansar, segurança para conduzir, celeridade quando precisam de que alguém acuda. Isto de andarem a medir "quem é" tem que acabar, se a lei é igual para todos.

É natural que a violência, a droga e o crime aumentem na Madeira, depois faz-se um fact-check impreciso. Que a porcaria chegue primeiro aos autores que potenciam esta situação. Se temos uma máfia no bom sentido, preparem-se para uma guerra civil também no bom sentido. É simplesmente gente cansada a se fazer respeitar. É assim que os pilares da democracia e os partidos tradicionais clientelistas criam o ambiente propício para o crescimento da extrema-direita, que não é solução e piora as coisas.

Por último, a Lei, quem a interpreta e faz respeitar, deve ter consciência da desmoralização das autoridades policiais ao verem gente reincidente a lhes gozar na cara posta na rua, quem no terreno tenta impor a ordem.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 29 de Dezembro de 2023
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