Reviver o passado para esconder o descalabro presente.
U m dos marcos da campanha eleitoral autárquica de Pedro Calado foi fazer notar a demora das obras municipais na rede viária e os congestionamentos. Prometia mundos e fundos, até o nosso Morna fez uma lista. Mais tarde soube-se que toda uma estratégia dentro de portas, na câmara com funcionários militantes do PSD (costuma dar bons prémios na Segurança Social), empresários da construção e empresas públicas, trataram de urdir demoras e adiamentos, ora processuais, ora de lembrança de "mais um cabinho para se meter, já que a estrada está aberta", ora de promessas de mais trabalho se aderissem à causa. Algumas situações foram descobertas, desde o marido de alguma deputada que parece continuar na república ou até vereadores que assinavam projectos daqueles que são os patrões do edil, para uma nova era de décadas a fazer pobres. É verdade, daqueles que o cínico do Miguel Albuquerque contenta com "concentrar a riqueza num grupo cada vez mais restrito de pessoas é criar um monstro" e ainda alerta para o "empobrecimento e a marginalização da classe média", que homem tão cinicamente bom para os madeirenses, sobretudo iludidos ou fanáticos. (link)
Essa estratégia não findou com a vitória "arrasadora" de Calado, onde os jornalistas mostraram a alegria e sentiram a participação na vitória. Hoje em dia, o esquema de neutralizar tudo o que mexe no bom sentido está ativo, aqueles "filhos da pêra" da JPP comem com meias notícias, cartas "anónimas", etc, o coitado do Miguel Silva Gouveia , ao contrário de outros colaboradores de um matutino, não goza de estado de graça, por azar é o concorrente do Bezerro de Ouro, aquele em que alguma imprensa não toca. Já viu algo de negativo? É só sucessos e boa gestão, é meter dinheiro no banco a render porque numa cidade de delinquentes, violência, droga, sem abrigo, pobres, etc, nada há a fazer.
Eu creio que tudo prossegue igual, com uma agenda atenuada pela falta de adrenalina das campanhas eleitorais. Quando o ex Presidente Miguel Silva Gouveia dava luta no início, os vitoriosos apoquentavam-se com a sua oposição, raios, "não sabes que perdeste?", eu diria que pretendiam um "quem perde fica Calado", que frase com dois sentidos, uma passadeira vermelha ao género do PSD que não tem fiscalização em lado algum e em 47 anos nunca viu Justiça, porque claro, os piores são sempre da oposição.
Eu sou condutor de cidade, frequento e aturo o trânsito dentro do Funchal, não consta que o trânsito tenha melhorado, porque como as obras são prioritárias não há qualquer problema em fechar ruas, inutilizar vias, faixas de rodagem e passeios. Há semáforos ainda mais idiotas e a aumentar. Eu e muitos percebemos que isto não vai melhor e então na época natalícia que se segue vai ser bonito.
Tudo isto para dizer que, pegando num dos jornais que levam o Calado ao colo para substituir o Albuquerque, eles até conseguem fazer um Canal Memória para evitar falar do trânsito, congestionamento e barbaridades das obras agora. Traz-se as notícias de há 5 anos atrás para se relembrar agora, para perversamente associar Miguel Silva Gouveia à gestão do trânsito de agora e a insucessos. Isto não é jornalismo mas uma agenda política, de gente que perdeu os valores e a deontologia. Gente que se sujou e quer sujar os outros. Ainda bem que a propaganda é paga, eu imagino o que se está a ensinar aos estagiários.
Aquela coisa do "sempre à frente" (da oligarquia), faz-me lembrar um programa da RTP Memória, com Inês Lopes Gonçalves, Fernando Alvim, Nuno Markl, Álvaro Costa, Júlio Isidro e um convidado especial em todas as edições. O programa chama-se "Traz pra Frente", se calhar a edição mais recente tem por convidado algum matutino regional que está sempre a matutar como compensar o Mediaram.
Vota calado... precisamos de limpeza.
Há pouco tempo a autarquia assinou com o mesmo "marketeiro" das campanhas do PSD, espero que ele não escreva nem incentive notícias.
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 29 de Novembro de 2023
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