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E stou a assistir a gente que não está na Madeira há tempo suficiente para ter medo, a dizer umas verdades. Eles acabam por dar uma ideia do porquê dos madeirenses evitarem a hotelaria e optarem por emigrar. A grande diferença é que o madeirense cala e consente, vai embora. Esta gente saiu com sonhos do seu país e encontra algo que se calhar não encontrariam no trato humano nas suas origens. Tantas medalhas, o ouro do destino, os destaques comprados e caímos assim com estrondo na nossa escola hoteleira. Ou seja, somos um destino que é só ouro com uma escola hoteleira assim? Em bom madeirense isto chama-se "cair de cu".
Há custos na autocracia, a surdez é uma delas, só coloca lambe-botas nos tachos e depois toda a hierarquia cai. É importante que a sociedade madeirense, aquela que ainda está lúcida, transmita a estes alunos que os estimamos ter cá e que sabemos o problema político que temos na Madeira. Eles têm toda a razão, mas nem todos os madeirenses são aquilo que encontraram na Escola Hoteleira.
O que assistimos na Escola Hoteleira é a prepotência política contra pessoas que desconsideram, mas virou-se o feitiço contra o feiticeiro, porque basta não ter medo para sair a verdade. Quando a escola hoteleira estava concessionada nunca tal tinha acontecido. Bastou voltar à tutela do secretário regional, xenófobo e arrogante, para os empresários seus amigos começarem a abusar dos direitos humanos. Uma vergonha. Deveria estar cá fora toda a instrumentalização política das nossas escolas e as perseguições que moveram, não se sabe meia missa!
O que está acontecer na Escola Hoteleira é "falta de medo". Força rapaziada!
Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda feira, 27 de Março de 2023
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