Distinção Correio da Madeira: Religião.


A lguns não gostam deste tipo de "vanguardistas", situados nos fundamentos da fé mas com os pés na Terra. O Pde José Luís Rodrigues de São Roque é a distinção CM na área da religião, pela opinião livre e plural no seio de uma Igreja cristalizada que, na Madeira, se vai viciando em politicamente correto. 

Quanto mais se condena a política na religião, mais a Igreja se parece com ela, com tabus, narrativas e muita trapalhada escondida que não se limpa dando o exemplo. A Igreja sabe que a fé não anda bem mas engrena, tal como na política, na festa do adro, no comício da alegria. Se fosse compensado não haveria mal nenhum, o problema é quando as pessoas vão ao adro e não à missa. É assim que os padres cedem passo aos "festeiros" e anulam-se. A Igreja está a deixar de liderar na fé, com intromissões políticas e copia o próprio sucesso maquiavélico da política na Madeira. Mais ateus e mais igrejas colocam esta Igreja na senda dos partidos tradicionais, os falham e promovem a proliferação de partidos de pequenas castas onde alguns se agigantam e tomam conta. Mais ausências, mais ateus, mais igrejas, onde anda a autoavaliação?

É natural que perante a consagração de uma vida, que não se repete para emendar, se pergunte o que andamos aqui a fazer (já desmoralizados) com o que vemos a crescer dia após dia. Esta distinção serve para dar força ao Pde José Luís Rodrigues, é dos poucos a quem não é permitido falhar para poder haver comparação e luz na Igreja da Madeira. É natural que haja momentos de suspiro e descrença nos caminhos da fé, dúvidas sobre tudo isto, porque a Igreja não se perpetuará com este nível de contaminação e infestação. Com quem e com que valores se vão transmitir às gerações vindouras os fundamentos da fé quando os seus líderes sucumbem? Uns por natureza, outros por descrença. A Igreja pode estar a falhar com as gerações vindouras, tal como todos nós estamos nesta era no ambiente.

A fé dá-nos dicas de como levar a vida, para que seja aprazível uns com os outros, dentro de regras, no sonho da ressurreição. Há sempre perdão, mas que não se instrumentalize como as leis e as vontades com objetivos obscuros que matam a Igreja.

Precisamos de mais clarividência como a do Pde José Luís Rodrigues, mais exemplos e menos relíquias.