A comunicação social é cada vez mais um lugar de luta de interesses, parecem cunhas para emprego.


A notícia não acontece, é fabricada. Este é um dos alicerces da manipulação antiética, por vezes praticada no marketing, particularmente nas redes sociais. Na Madeira, há quem recorra a esta estratégia, aproveitando a influência que adquiriu nos jornais da região.

Observando a “crise” interna do PS Madeira dos últimos dias, podemos tirar rapidamente algumas conclusões. De Lisboa surgiram dois casos: Um processo de despedimento em curso de um membro do governo da República (já divulgado no CM há semanas, para quem o lê atentamente) e um breve diálogo entre dois elementos para confirmar o nome de um terceiro.

Perante estes dois casos, a imprensa regional ignora a “bomba” e concentra-se na banalidade. Fazem-no propositadamente e deturpando o seu conteúdo, manchando a imagem de um para limpar a imagem de outro.

Analisemos os factos: António Costa alertou, há largos meses, que pretendia remodelar o governo após o orçamento. João Cravinho, ministro dos Negócios Estrangeiros e superior hierárquico de Paulo Cafôfo, está entre os que serão substituídos devido ao seu envolvimento no processo “Tempestade Perfeita”. Isto significa que Cafôfo sabe há largos meses que o seu tempo no governo estava a esgotar-se. É irrelevante se teve um bom ou mau desempenho, as coisas funcionam assim e o próximo ministro decidirá quem trabalhará consigo. A candidatura ao partido é uma tábua de salvação para um professor que não quer regressar à escola. A distorção da causalidade destes factos, fazendo crer que “a causa da vida” é a razão do despedimento do governo remete-nos para o primeiro parágrafo deste texto.

Do outro lado, temos o sacrificado, Sérgio Gonçalves. Nutro simpatia pelo Sérgio desde que trabalhei com ele no aeroporto, pessoa íntegra e competente que não merece este enxovalho pessoal. A sua imagem vinha a ser queimada em lume brando na imprensa muito antes das eleições, sabe-se lá com que intenções. As sondagens mensais do Diário a dar maiorias absolutas de 30 deputados ao PSD não beneficiavam nem o PS nem o PSD, como se comprovou nos resultados das eleições.

Uma simples pergunta entre Costa e César para confirmar o nome do Sérgio antes de iniciar um discurso serviu para esconder o despedimento anunciado de Paulo Cafôfo. Não houve comentários nem reações, por parte de “setores” do partido ou de alguém fora dele sobre o facto de o único elemento regional no governo da República ser despedido após apenas 2 anos de mandato? O jornalismo na Madeira vive tempos de angústia. Mas enquanto se deixar vender desta forma, nunca faltará dinheiro.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 30 de Outubro de 2023
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