Agradecimentos

 

A inda no outro dia ao falar de política com um dos bem poucos amigos que ainda me restam. Este me disse porquê que não agradeces ao em vez de reclamares? Confesso que eu fiquei surpreso com a pergunta e refleti sobre o que meu amigo havia dito. Percebi que, de fato, reclamar constantemente sem buscar soluções não traz benefícios, então decidi adotar uma postura mais positiva e começar a expressar gratidão pelas coisas boas que a política pode trazer. 

Eu sou um madeirense, nascido e criado, emigrante, filho de pais emigrantes, de famílias de origem humildes. E quero agradecer muito ao Partido Popular Democrata da Madeira, que governa estas lindas ilhas insulares que politicamente formam esta Região Autónoma, encontrada geograficamente, ao largo da costa Africana, no Oceano Atlântico, pelos seus 47 anos a frente da Governação. 

Agradeço ao PPD, que depois do PPD ter começado a governar a Madeira em 1976, os meus pais terem sido forçados a emigrar em 1983, e mais de metade da minha família nos anos seguintes, por falta de oportunidades, baixos salários, e devido ao atraso de vida que existia naquela época, cá na Madeira. Essa situação de emigração em massa afetou profundamente a estrutura familiar e deixou marcas duradouras.

Agradeço ao PPD, na escola e no colégio onde eu estudei, não ter recibo apoios Governo, apesar de os meus avós não terem muito dinheiro para tomarem conta de mim e por ser filho de pais emigrantes, mas já alguns dos meus colegas, em que os seus pais trabalhavam em cargos importantes do Governo, no Funchal, com os seus bons salários, esses já tinham todo o direito do mundo em receberem todos os apoios escolares, o escalão 1, como era naquela época.  Essa desigualdade de oportunidades sempre me incomodou e me fez perceber desde cedo a importância da igualdade de acesso à educação. Apesar das dificuldades, busquei me esforçar ao máximo para superar os obstáculos e construir meu próprio caminho.

Agradeço ao PPD, por eu ter integrado num pequeno clube desportivo local, e nós não tínhamos apoios, nem para o nosso lanche, quando íamos jogar fora de casa, e depois defrontávamos equipas grandes da Madeira que tinham todos os apoios, tanto para os clubes em si, como para todos os seus atletas. Essa falta de apoio financeiro nos colocava em desvantagem, pois não tínhamos recursos para nos alimentar adequadamente antes e depois dos jogos. Isso afetava nosso desempenho e motivação, mas mesmo assim lutávamos com determinação contra equipas mais privilegiadas.

Agradeço ao PPD, pelos meus avós me terem escrito na lista da JSD, sem o meu consentimento, e por todos os outros jovens de idades aproximadas a minha, serem sempre convidados para todos os eventos, por serem filhos dos tais pais privilegiados que trabalhavam para o Governo no Funchal, enquanto eu nuca foi convidado e ficava sempre de fora, porque a minha família era pobre e pais emigrados.  Isso me fez perceber a desigualdade que existe na sociedade e como certos privilégios podem influenciar oportunidades. No entanto, essa experiência também me ensinou a valorizar o esforço e a determinação da minha família, que mesmo enfrentando dificuldades, sempre me apoiou e incentivou a buscar meu próprio caminho. 

Agradeço ao PPD, que quando eu cheguei a minha fase adulta da minha vida, e concorri para abertura de concursos municipais, eu apesar de todos os meus estudos, formações e qualificações, nunca ter ficado selecionado, mas que pessoas conhecidas minhas, alguns até ex-colegas de turma, terem me passado a frente e terem conseguido entrar para a lista, isto mesmo sem qualificações, mas por serem os tais filhos do pais que trabalhavam para o Governo, no Funchal, e também por serem da JSD. Isso me fez questionar a justiça e a imparcialidade dos processos seletivos municipais, pois parecia haver um favorecimento para aqueles que possuíam conexões políticas ou familiares. Essa experiência me motivou a buscar outras oportunidades fora do âmbito municipal, onde eu pudesse ser avaliado de forma justa e imparcial, com base nas minhas qualificações e méritos.

Agradeço ao PPD, por eu também, tal como os pais, ter sido forçado a emigrar em busca de uma vida melhor, já que a Madeira, apesar de ser a terra onde eu nasci e cresci sempre foi madrasta para mim, nunca me valorizou, por eu não ser filho de pais que trabalham para o Governo, no Funchal.

Agradeço ao PPD, sempre que venho a Madeira de férias, vejo que apesar de alguns obras, o atraso de vida continua, com os baixos salários, trabalhadores não são valorizados nem respeitados, as pessoas só falam do PPD e têm medo em falar dos outros partidos políticos que são oposição ao PPD, ou por serem fanáticos do PPD e desvalorizam os alertas dos partidos políticos da oposição. Por cada vez que visito a Madeira, são cada vez menos que eu tenho a oportunidade de encontrar os meus antigos amigos, pois muitos deles também emigraram, outros já morreram das drogas e do álcool. Por eu ver que continua a ser igual, a ser como era no passado, agora são os netos dos que trabalhavam para o Governo, no Funchal, porque os pais destes miúdos agora são os que trabalham para o Governo, no Funchal. Esta situação revela um ciclo vicioso que se perpetua na sociedade madeirense, onde a dependência do Governo e a falta de oportunidades levam muitos jovens a seguir os mesmos passos dos seus antecessores. É preocupante constatar que as perspetivas de mudança são escassas e que os problemas sociais persistem ao longo das gerações.

Agradeço ao PPD pela invasão de estrangeiro a comparem todo como lobos, o que são terrenos e casa na Madeira, porque os Madeirenses não têm dinheiro suficiente para terem as suas próprias habitações, devido aos baixos salários, as faltas de oportunidades, os preços descontrolados das habitações, existem casas aqui que já custam mais do que casas encontradas na costa mediterrânea espanhola e francesa. Essa situação tem gerado uma grande preocupação entre os Madeirenses, que veem suas terras e casas sendo adquiridas por estrangeiros a preços exorbitantes. Além disso, essa invasão também tem impactado negativamente o mercado imobiliário local, tornando ainda mais difícil para os habitantes da ilha conseguirem adquirir uma moradia própria.

Agradeço ao PPD, por cada vez mais, haver menos negócios familiares independentes abertos, e pela falta de apoios governamentais, em manter esses postos de trabalho, mas ao mesmo tempo, já há grandes apoios governamentais para as grandes empresas, pois assim estão a asfixiado a economia circular e alimentado a economia linear, enriquecido quem já era rico e empobrecendo ainda mais os que já tinham dificultes e já encontravam em desvantagens. Essa situação prejudica ainda mais a classe média e os pequenos empreendedores, que enfrentam dificuldades para competir com as grandes empresas, cria um cenário desfavorável para os pequenos negócios familiares, que enfrentam dificuldades para se manterem abertos e gerarem empregos. Está perpetuando a concentração de riqueza nas mãos de poucos, prejudicando a classe trabalhadora e a economia como um todo.

Agradeço ao PPD por destruírem a minha Madeira e por afundarem a minha Madeira cada vez mais, e por terem criado ciclos viciados e gerações de sócio-dependentes do poder do Governo Regional do PPD.

Eu quero agradecer ao Partido Popular Democrata (PPD) pelos 47 anos em que governou a Madeira. Nesse tempo, a emigração em massa marcou significativamente as estruturas familiares e deixou marcas duradouras na sociedade. A desigualdade de oportunidades sempre me incomodou, e percebi a importância do acesso igualitário à educação. Apesar das dificuldades, eu tentei superar os obstáculos e construir meu próprio caminho. A falta de apoio financeiro me colocou em desvantagem, afetando meu desempenho e motivação. A experiência me ensinou a valorizar o esforço e a determinação da minha família, que me apoiou e incentivou a buscar o meu próprio caminho.

O Partido Popular Democrata (PPD) governou a Madeira por 47 anos. Nesse tempo, a Madeira foi destruída e afundou-se cada vez mais. O PPD criou ciclos viciosos e gerações de sócio-dependentes do poder do Governo Regional do PPD.

Agora é hora de terminar com a governação do PPD na Madeira e dar a oportunidade a outro partido político de governar a Madeira. A alternância no poder é essencial para o desenvolvimento saudável de uma democracia, permitindo a implementação de novas ideias e abordagens. É importante que os eleitores tenham a oportunidade de escolher um partido político diferente, que possa trazer novas soluções e perspetivas para os desafios enfrentados pela Madeira.

É tempo de mudar a Madeira!

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 29 de Julho de 2023
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