Os incêndios e os Fogos-de-artifício


P ropositadamente, deixei passar uns dias antes de escrever este pequeno texto. Depois do silêncio ensurdecedor dos jornais que por cá se publicam, não me sentiria em paz com a minha consciência se não escrevesse algumas considerações sobre a total ausência de bom senso dos que mandam nesta terra.

Depois das chuvas recordes do “Óscar” surgiram três dias de intenso calor e de humidades recordes. Infelizmente, o risco extremo de incêndio declarado pelo IPMA passou ao lado de meia dúzia de energúmenos que pensam que mandam nesta terra.

Primeiro, há que louvar a atitude do IFCN que proibiu as queimadas e bloqueou o acesso aos locais de lazer das nossas terras, proibindo quaisquer fogos. Se a atitude é de louvar, o “esquecimento” de proibir os fogos-de-artifício borrou completamente a pintura dos responsáveis pelo IFCN. O facto de este ano ser ano de eleições e de festas, não branqueia o bom senso, pois nunca os fins podem justificar os meios e, diga-se, que falhou da parte do IFCN a proibição de percutir fogos-de-artifício.

De certeza que aos madeirenses, que tiveram alguma dificuldade em dormir com o excesso de calor e de mosquitos, não passou despercebido o ruído dos fogos-de-artificio nos arraiais dos Santos Populares.

Felizmente não aconteceu nada, mas se tivesse acontecido um acidente e se um respingo da chama de um foguete tivesse atingido uma zona urbana sensível, ou ainda uma zona agrícola ou florestal? Quem seriam os culpados? Os santos?

Pede-se por isso aos responsáveis políticos, que se dizem preocupados com as alterações climáticas, maior atenção nas decisões.

Ou será que vale tudo em ano de eleições?

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 29 de Junho de 2023
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