O desemprego tal como a pobreza são fenómenos complexos. A abordagem ao assunto é sempre feito de maneira simplista, o que revela a falta de conhecimento dos que falam de um e outro fenómeno. Com o número de licenciados inscritos no Instituto de Emprego da Madeira a subir, ocupados por ações de formação, passado pouco tempo chegam à conclusão de que a Madeira tem empregadores esclavagistas. Por isso emigram. Era de perguntar, a muitos dos cínicos que abordam a temática do desemprego, onde estão os seus filhos, porque têm duas caras, a pública e a pragmática. Os nossos empresários querem somente funcionários pagos com o salário mínimo, apesar dos setores do turismo e da distribuição estarem a bater recordes.
A justiça social não existe. Os subsídios são inúmeros para garantir votos. Experimentem retirar os inúmeros apoios e subsidiozinhos e irão ver os resultados a mudar. Aparecerá muita gente para trabalhar, mas também a contestação social. Logo o governo, as autarquias, etc, são cínicos, porque depois dos apoios para manter o povo anestesiado ou em casa, finge que está preocupado com a falta de mão de obra, sabendo que, se esse povo for trabalhar a contestação aumenta, pois os subsídios deixam de fazer o efeito de silenciador. Mas como trabalhar cansa e os subsídios não falham, o desemprego está baixo e o povo feliz
Outra faceta deste cinismo e dos argumentos que passam, que não são segredo nenhum, é que o PSD não depende da comunicação social, nunca precisou dela para ganhar, usa o dinheiro público para, de alguma forma, comprar tudo e todos. Depois, perto das eleições, cria um ambiente profuso de eventos durante meses, para manter o povo anestesiado e a acreditar que isto é o cantinho do céu. Os críticos abalaram ou recebem promessas para desmobilizar. O modelo económico, nunca trará vanguarda pois afugenta a massa cinzenta, os mais cotados e formados em geral, por norma com mais caráter, partem. O que sim aparece muito são parasitas dos subsídios, adaptados para levá-los mas sem compromissos sérios, é só olhar para trás sobre o resultado das inovações vanguardistas da Madeira. Assim não se cria emprego genuíno.
Note-se que, a emigração da massa cinzenta representa novo alívio ao PSD, perde-se a contestação e votos contra. Raramente alguém regressa depois de sair para trabalhar, a emigração tem sido também um dos fatores dos números do desemprego de que agora se gabam.
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